O comércio e o setor imobiliário que atuam na Linha Verde estão com boas expectativas para a entrega da primeira fase da via, nesta sexta-feira. Enquanto grandes empreendimentos, como supermercados e edifícios, já foram inaugurados ou estão com obras em andamento, donos de terrenos esperam que a valorização de suas áreas, prevista desde o anúncio da reformulação da avenida, se confirme.
De acordo com o presidente da Câmara de Valores Imobiliários do Paraná (CVI-PR), Júlio César Cattaneo, a valorização dos imóveis no entorno da nova avenida já aconteceu quando o projeto foi anunciado.
“Agora com as obras prontas é que os negócios vão começar a ser concretizados”, avalia. Só com isso, segundo ele, as imobiliárias poderão confirmar se a expectativa que embutiram nos preços estava certa. “Mas os valores não devem variar mais do que 10%, para cima ou para baixo.”
O valor do metro quadrado na Linha Verde está hoje, de acordo com Cattaneo, entre cerca de R$ 300 e R$ 400. Antes do anúncio das obras no entorno, iam de R$ 100 a R$ 150. Ele informa que os maiores valores estão na região do chamado Tecnoparque, que é uma área destinada à instalação de empresas de informática e tecnologia, na região do Prado Velho.
É justamente ali que está sendo construído o Curitiba Office Park, voltado a empresas. A primeira das três torres previstas deverá ficar pronta em abril de 2009, segundo o diretor da Top Imóveis – uma das investidoras do empreendimento -, Eduardo Schulman.
Para ele, havia uma expectativa de que a procura por imóveis no edifício fosse maior a essa altura da obra. “Mas continuamos acreditando que a Linha Verde e o Tecnoparque vão atrair as empresas”, diz, lembrando que as obras continuam normalmente: a segunda torre deve começar a ser levantada em meados de maio do ano que vem.
Supermercados
Haverá pelo menos dois grandes supermercados na Linha Verde. Um deles, já em funcionamento, é o Condor, inaugurado em julho, na esquina com a Avenida Brasília, no bairro Xaxim. A empresa foi uma das primeiras a anunciar um novo empreendimento na via e investiu cerca de R$ 10 milhões na obra.
Segundo o diretor comercial, Jefferson Fidélis de Oliveira, a localização foi determinante, já que a avenida possibilita o acesso de pessoas de outras regiões da cidade.
Motivo parecido tiveram os diretores da rede Muffatto, ao decidirem construir um supermercado na outra ponta da avenida, na esquina com a Avenida Victor Ferreira do Amaral, no bairro Tarumã.
O grupo informou que a facilidade de acesso e deslocamento foram alguns dos pontos que mais pesaram na decisão. O investimento previsto é de cerca de R$ 20 milhões e a obra está prevista para ser entregue no primeiro trimestre de 2009.