Hoje deve ser apresentado um laudo preliminar sobre o desabamento parcial das sacadas do prédio Don Gerônimo, no fim do mês passado, em Maringá, na região norte do Estado.
Uma reunião está prevista para acontecer nesta manhã entre representantes do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea-PR) e a síndica do prédio, Olga Inês de Souza.
Em assembléia ocorrida na última quarta-feira, os moradores do prédio optaram pela retirada das sacadas que sobraram após o acidente, seguindo a orientação indicada pelo Corpo de Bombeiros no fim de outubro. A intenção é dar um novo visual ao prédio, conforme indica a síndica.
“A mudança vai acontecer não por questão de segurança, mas de custo. Para reconstruir a sacada e ficar igual ao outro lado, seria muito caro. Estimamos que o custo seria de R$ 20 a R$ 30 mil, o que está fora do nosso padrão”, afirmou Souza. Nos próximos meses, a construtora Contronorte deve continuar os trabalhos de retirada dos escombros e nivelamento.
Queda
O desabamento das sacadas ocorreu na madrugada do último dia 27, quando caíram as sacadas de 15 apartamentos de um lado do edifício, localizado no bairro Zona 7. Apesar dos danos materiais, não houve vítimas. Extra-oficialmente, a falta de manutenção da marquise foi apontada como a causa do incidente.
Mesmo antes do laudo técnico, o coordenador da Câmara de Engenharia Civil do Crea-PR, Francisco José Ladaga, afastou a possibilidade de falha no projeto e na execução da obra do Don Gerônimo.
De acordo com a análise do engenheiro, o acidente aconteceu por conta da falta de manutenção, que é responsabilidade do condomínio. No entanto, o condomínio foi isentado de culpa, já que a sacada que caiu não aparentava problemas estruturais. Segundo Ladaga, o tempo causa corrosão da estrutura e apenas equipes técnicas poderiam avaliar o risco de desabamento.