Locais públicos também apresentam risco de dengue

O combate à dengue não acontece apenas em imóveis residenciais. Tudo o que configurar depósito artificial para água parada deve receber atenção, inclusive em ambientes empresariais e equipamentos públicos.

Espelhos d’água, tanques, cisternas, fontes, chafarizes e piscinas precisam de manutenção constante para evitar a possibilidade de se tornarem criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

O alerta se torna necessário porque o mosquito deposita seus ovos nas paredes desses depósitos. Mesmo que a água do tanque seja trocada, esses ovos permanecem no local.

“A limpeza e a manutenção são essenciais. Não adianta apenas trocar a água. Os depósitos artificiais deixam de apresentar risco quando a manutenção ocorre regularmente”, explica Márcia Saad, coordenadora do programa municipal de combate à dengue, da Secretaria de Saúde de Curitiba.

Outro detalhe destacado por ela são as bombas em fontes. Apesar do funcionamento da máquina, isso não significa que a água da fonte seja considerada corrente.

Ela recomenda a limpeza pelo menos uma vez por semana nas paredes (especialmente as bordas, utilizando escovas) de tanques, espelhos d’água e fontes. Depois disso e da água trocada, deve-se acrescentar hipoclorito, conforme recomendações de uso do produto e da quantidade de água.

Nas piscinas, a manutenção deve ser realizada seguindo as orientações específicas para isto. Sobre equipamentos públicos, Márcia explica que o combate envolve ações de diversas secretarias, como a do Meio Ambiente, que faz a manutenção de fontes e espelhos d’água.

Resultados

Após dez dias, a Secretaria Municipal de Saúde concluiu as atividades de campo para o Levantamento de Índice Rápido de Infestação (Lira) para a dengue. Neste período, agentes visitaram imóveis, escolhidos por amostragem, para verificar possíveis focos.

“Não houve a constatação de qualquer foco com larvas do mosquito. Houve coletas, mas exames em laboratórios mostraram que não eram larvas do Aedes aegypti”, esclarece Márcia.

De acordo com ela, os maiores problemas foram encontrar imóveis fechados durante o dia e a recusa de algumas pessoas em receber os agentes. “Todos estão identificados, com uniforme composto de calça azul e camiseta branca, com uma faixa amarela e com o símbolo da Prefeitura de Curitiba. Todos têm crachá, com a foto impressa e o número de telefone da empresa que presta o serviço. Quem tiver dúvidas, pode pedir o crachá, ligar para a empresa e verificar se aquele agente está autorizado”, orienta Márcia.