Estudantes protestam pelo passe livre no centro de Curitiba

Centenas de estudantes realizaram uma passeata pelas ruas do centro de Curitiba, na manhã desta quinta-feira (15). Os manifestantes querem uma audiência com o prefeito Beto Richa, para tratar da implantação do passe livre. Até o início da tarde de hoje, os estudantes ainda se concentravam em frente ao prédio da Prefeitura de Curitiba.

A passeata, que começou por volta das 8h30, com uma concentração de estudantes na praça Santos Andrade, passou por diversas ruas da região central até chegar na frente do prédio da administração municipal por volta das 10h30. Lá, os estudantes discursaram em um carro de som.

O clima chegou a ficar tenso com a presença de policiais do batalhão de choque da polícia militar. Os manifestantes ameaçaram invadir o prédio da Prefeitura, mas se restringiram a protestar do lado de fora.

Integrantes da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPEs) – que ao longo das últimas semanas realizaram uma série de manifestações pelas ruas de Curitiba em prol do passe livre. No início de abril, os estudantes promoveram uma manifestação que terminou em quebra-quebra, com a guarda municipal. Dois estudantes foram presos e um acabou hospitalizado. Os manifestantes também realizaram um protesto na Câmara de Vereadores em prol do passe livre.

?Vamos caminhar da Praça Santos Andrade até a Prefeitura, onde uma comissão de estudantes irá tentar marcar a audiência. Até 15 de maio, teremos tempo hábil para debater a questão do passe livre e conseguir que mais pessoas apoiem nosso movimento?, disse o presidente da UPEs, Rafael Clabonde.

Prefeitura diz que estudantes usam apenas 80% do passe livre

Sobre a manifestação dos estudantes, a Prefeitura de Curitiba emitiu notas no seu site da internet. Segundo a prefeitura, os estudantes que recebem o passe escolar em Curitiba, usam apenas 80% dos créditos. Cada estudante tem direito a 400 créditos, equivalentes a duas viagens para cada um dos 200 dias do ano letivo. No entanto, os estudantes usam, em média, apenas 320 créditos por ano.

Para ter direito ao passe escolar, o estudante precisa atender os requisitos da legislação municipal: morar e estudar em Curitiba, em instituições de ensino regular de primeiro, segundo e terceiro grau, com uma distância maior que um quilômetro entre a casa e a escola. O critério de renda familiar varia conforme o número de filhos matriculados no ensino regular. Para um filho, a renda máxima familiar é de três salários mínimos; para dois filhos, renda máxima de quatro salários mínimos; para três ou mais filhos, renda máxima de cinco salários mínimos.

De acordo com as notas, a Prefeitura ainda paga o transporte de 4.900 estudantes de Curitiba, além de oferecer locomoção para 2.400 estudantes da educação especial através do Sistema Integrado de Transporte para o Ensino Especial (SITES). O investimento da Prefeitura para garantir gira em torno de R$ 9,23 milhões por ano. Outros 23.251 estudantes carentes têm o benefício do passe escolar, pagando apenas a metade da tarifa, ou R$ 0,95.

Confira como terminou o protesto dos estudantes pelo passe livre, em Curitiba, nas páginas de amanhã dos jornais O Estado e Tribuna do Paraná.

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