Bombeiros adotam serviço de moto para agilizar resgate

Para enfrentar os constantes engarrafamentos e facilitar o acesso a locais onde unidades de resgate não conseguem entrar, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais adotará a partir do próximo mês, em Belo Horizonte, um serviço de "moto-resgate". A princípio, a corporação irá equipar dez motocicletas de 400 cilindradas com aparelhos que garantem o atendimento necessário da vítima até a chegada da unidade.

"O mais importante é a agilidade proporcionada pela motocicleta nos grandes centros urbanos. Além disso, nós passamos a ter uma demanda muito acentuada de acidentes em locais de difícil acesso, como trilhas, onde nossa viatura de quatro rodas não chega", explicou nesta sexta-feira (18) o coronel Cláudio Teixeira, comandante operacional do Corpo de Bombeiros. "A motocicleta que adotamos é tanto para ambiente de cidades como `off road’".

A intenção é diminuir o tempo entre o chamado e o atendimento. Pelas estimativas do Corpo de Bombeiros, as motos chegarão ao local do acidente em até seis minutos. Em média, cerca de 10 minutos antes da chegada das unidades de atendimento Para cada atendimento, duas motos serão deslocadas.

"Hoje o tempo-resposta com veículos maiores, nos horários de pico, é em torno de 18 minutos. Com as motos, o tempo cai em média para entre cinco e oito minutos no máximo. Isso para uma vítima com parada cardiorrespiratória significa se ela vai sobreviver ou não", destacou o coronel.

As motocicletas estarão equipadas com um desfibrilador, oxímetro de pulso – dispositivo médico usado para medir a quantidade de oxigênio no sangue de um paciente -, equipamento de imobilização e aparelhos para contenção de hemorragias. Numa mochila, os bombeiros levarão um kit oxigênio.

A previsão é que o serviço seja iniciado na primeira semana de maio. Os 30 bombeiros que irão atuar como motociclistas receberam treinamento durante um ano e meio.

Segundo Teixeira, a experiência do moto-resgate foi implantada primeiro em São Paulo e posteriormente nos estados do Ceará e Amazonas. Ele lembra que entre os anos de 1924 e 1934 o Corpo de Bombeiros de Minas utilizou motocicletas em Belo Horizonte no combate a incêndios. As motos possuíam um sistema que abrigava mangueiras com uma bomba.

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