Projeto vai eliminar impurezas de ostra no Paraná

As ostras paranaenses vão ganhar mais qualidade. A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, em parceria com a Prefeitura de Paranaguá, implantou um depurador de moluscos que vai eliminar possíveis impurezas que esses animais tenham acumulado em seu organismo durante o seu desenvolvimento. A medida oferece mais competitividade ao produto e melhora a renda de pescadores. Hoje, boa parte dos restaurantes do Estado compra as ostras de Santa Catarina. Foram investidos cerca de R$ 160 mil no equipamento, construído e adaptado com tecnologia paranaense.

O engenheiro de pesca da Prefeitura de Paranaguá, José Maria Moura Gomes, explica que as ostras precisam ser cultivadas em água limpa. Do contrário, acumulam impurezas em seu interior e podem contaminar as pessoas que ingerem o animal em pratos crus, provocando vômitos e diarréia. Com o uso do depurador, elimina-se qualquer desconfiança que possa existir sobre a procedência e qualidade do produto.

O aparelho funciona com água salgada, captada diretamente no lençol freático, e se assemelha a um tanque, onde as ostras ficam imersas por 24 horas. A água circula dentro da depuradora, promovendo filtragem e purificação com emissão de ozônio e ultravioleta, que combatem qualquer tipo de bactéria e impureza.

Outras três depuradoras serão instaladas em Guaratuba e nas comunidades de Medeiros e Ilha Rasa, em Guaraqueçaba, que possuem potencial para cultivo de ostras. A ação faz parte do Programa de Desenvolvimento da Pesca e Aqüicultura, coordenado pela Secretaria de Agricultura e Emater, com apoio da Secretaria do Meio Ambiente e prefeituras. Estão sendo investidos R$ 23 milhões no programa, que prevê, além do repovoamento de rios e mares, o cultivo de 380 espécies marinhas.

O depurador, que começou a funcionar em janeiro, tem capacidade para descontaminar 500 dúzias de ostras por dia. Os custos de uso do equipamento são subsidiados pelo governo, mas os produtores e pescadores arcam com cerca de 10%, o que equivale a cerca de R$ 0,30 por dúzia. Hoje são produzidas 80 mil dúzias por ano no Estado. A meta é aumentar este número em pelo menos cinco vezes.

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