Tem jogador de sobra para o técnico atleticano escalar

Se na chegada o panorama não era dos mais favoráveis, agora o técnico Valdyr Espinosa começa a ter quase todo o elenco à disposição. Resolvidas as pendências com Kléberson, Gustavo, Cocito e com praticamente todos os machucados, o treinador do Atlético tem um novo tipo de abacaxi para descascar. O problema vai ser saber quem tirar da equipe titular.

Além do zagueiro Gustavo e do volante Cocito que renovaram seus contratos, Kléberson que voltou da seleção brasileira, Espinosa ainda poderá contar com Alex Mineiro, Reginaldo Vital, Flávio e Preto, que estão voltando do departamento médico. O único que ainda não está à disposição é o atacante Ilan que deve continuar em tratamento por mais 20 dias.

“A equipe está bem equilibrada, novas opções estão chegando e isso aumenta a qualidade de todo o elenco para sequência da competição”, analisa Espinosa. Segundo ele, todos terão condições de lutar por uma vaga entre os titulares. “Todos têm que manter o trabalho com seriedade. Eu falei para eles que nós estamos ainda a 21 partidas das finais”, aponta. Contra o Palmeiras, quarta-feira na Arena, o treinador não quis antecipar as alterações no time. O mais provável é que o goleiro Flávio, o zagueiro Gustavo e o volante Cocito voltem naturalmente à equipe. Alex Mineiro poderá ficar como opção de banco e Preto e Vital dependem do condicionamento físico.

Cireno chega aos 80, apaixonado pelo clube

Rodrigo Sell

Um dos maiores ídolos de todos os tempos do Atlético está de aniversário. Notabilizado pela participação no famoso Furacão de 1949, o ponta-esquerda Cireno Brandalize completa hoje 80 anos. A maior parte deles dedicados ao Rubro-Negro, clube de seu coração, onde foi campeão três vezes nos anos quarenta.

Natural de Ponta Grossa, aos 19 anos aceitou o convite de um amigo do extinto Britânia para fazer um teste no Atlético. Após seis dias de treinamento foi contratado, bem recebido e nunca mais deixou Curitiba. “Cheguei a fugir e passar um mês no Corinthians. Eles queriam me contratar, mas o presidente do Atlético nem me conhecia e não fez o negócio porque não sabia o quanto pedir pela venda”, revelou à Tribuna ontem. A transação frustrada, no entanto, não tirou o ânimo dele, que logo se consagraria no time principal, fato que o levou à seleção brasileira em 1949.

Outros clubes o assediaram, como o Flamengo, mas Cireno preferiu dar ouvidos aos dirigentes da época e ficar. “Eles me disseram que se eu ficasse iria ter um emprego bom e uma velhice boa. Não deu outra”, aponta. Segundo ele, outros jogadores acreditaram no canto da sereia de jogar num grande centro e acabaram na pior, como Barbosa, Ademir, Didi e tantos outros.

Cireno apenas lamenta a falta de craques. “Existem bons jogadores, mas craque de bola não tem mais”, dispara. Como exemplo ele cita Rivaldo, que é capaz de se enrolar com a bola, e Ronaldo, que não sabe cabecear. “Os jogadores perderam a habilidade. Os cabras não têm noção da força que dar à bola”, compara.

Mesmo assim, ele não perde uma partida do Atlético, seja no rádio ou na tevê e está sempre acompanhando o noticiário. “É o mesmo time do ano passado. O Cocito renovou conforme eu li na Tribuna, tem o Preto, que é bom, e um técnico (Valdyr Espinosa) que força o jogador a correr”, finaliza.

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