Projeto estabelece peso de material escolar

Se o projeto de lei do vereador Jorge Bernardi (PDT) for aprovado na Câmara Municipal de Curitiba, vai tirar um peso das costas dos estudantes. A proposta apresentada pelo vereador estabelece o peso máximo de material escolar que pode ser carregado por alunos da educação infantil e ensino fundamental. A idéia é evitar que as crianças desenvolvam problemas na coluna pelo excesso de peso. No entanto, segundo o chefe da ortopedia do Hospital Pequeno Príncipe, Luiz Antônio Munhoz da Cunha, não existe nenhum estudo científico que relacione doenças da coluna ao peso das mochilas escolares.

O projeto foi apresentando à Câmara no ano passado, mas ainda não foi votado. O vereador espera que ele seja apreciado até o fim do primeiro semestre. Bernardi diz que, principalmente no início do ano, os estudantes são flagrados carregando uma série de materiais e ele teme que o excesso de peso cause problemas à saúde.

Se a lei for aprovada, crianças com menos de 10 anos de idade poderão carregar mochilas que pesem no máximo 5% do seu peso. Desta forma, quem tem 20 quilos pode levar apenas um quilo na bolsa. Já as crianças com mais de 10 anos de idade podem levar peso que corresponda a 10% do seu peso. Quem tem 30 quilos pode carregar no máximo três quilos.

Hoje as mochilas dos escolares pesam bem mais do que isso. São vários livros, cadernos, estojos, entre outros tantos artigos. De acordo com o projeto de lei, as escolas terão que guardar o excesso de material em armários individuais ou coletivos. As escolas também não poderão cobrar pelo serviço. Caso não cumpram a medida receberão uma advertência e se forem reincidentes terão que pagar uma multa no valor de R$ 350. Em caso de escola pública será aplicada penalidade administrativa prevista no Estatuto do Servidor Público Municipal.

Cunha acha importante que as crianças não carreguem muito peso, mas diz que não existe nenhum estudo científico que comprove que as mochilas podem trazer problemas. Há cinco anos, na Sociedade de Ortopedia Pediátrica da América do Norte, foi apresentando um estudo que analisou três mil crianças e nenhum problema foi constatado.

A única observação feita foi que quando os pequenos carregam todo o peso sobre apenas um dos ombros podem sentir dores nas costas. 

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