Avião com turistas brasileiros cai nos Andes

Autoridades da província de Mendoza, no extremo oeste da Argentina, anunciaram no início da noite de ontem a queda de um avião Cessna 172, de matrícula brasileira número PT-OJN, com o piloto e três passageiros. Segundo a Força Aérea, os quatro ocupantes do aparelho morreram.

O avião caiu nas montanhas perto de Mendoza, capital da província homônima. O acidente aconteceu em uma área de difícil acesso, conhecida como Papagayos, a 25 quilômetros da cidade.

Segundo o porta-voz da Força Aérea argentina, Guillermo Lozada, os restos do aparelho foram localizados por volta de 16h50. Ele informou que a torre do aeroporto de Mendoza perdeu contato com o avião quando o Cessna estava a 24 quilômetros da capital.

De acordo com Lozada, os ocupantes eram brasileiros, que haviam saído de Belo Horizonte e feito escala em Foz do Iguaçu (PR), Reconquista, já na Argentina, Córdoba e Mendoza, onde desembarcaram na véspera do réveillon. O avião com o grupo partiu do aeroporto de Mendoza, El Plumerillo, e tinha como destino o aeroporto de Santiago do Chile, Comodoro Arturo Merino Benítez.

No fim da noite, a Força Aérea argentina divulgou os nomes das vítimas: Sandro Ferrari, Marco Tulio Silva, Edilson Kruger e Lucilpi Vieira de Matos.

Policiais, bombeiros e integrantes do serviço de emergências médicas, acompanhadas por um helicóptero, chegaram no início da noite à área do acidente para fazer o resgate. O local da queda é chamado de pré-cordilheira, uma área montanhosa anterior à Cordilheira dos Andes.

Os Andes foram cenário de diversos acidentes aéreos nos últimos anos. O mais famoso ocorreu em 1970, quando um avião da Força Aérea Uruguaia, que fazia o trajeto Montevidéu-Santiago do Chile transportando a seleção uruguaia de rúgbi, bateu na cordilheira. Durante semanas, no meio da neve, os sobreviventes ficaram sem contato com o resto do mundo, até que foram resgatados. A tragédia deu origem a filmes de Hollywood, que destacavam o fato de os sobreviventes terem se alimentado dos restos de seus colegas mortos.

Voltar ao topo