Incertezas com obras no Mercado Municipal

O primeiro fim de semana desde o início das obras no Mercado Municipal de Curitiba foi marcado por incertezas entre consumidores e feirantes. Enquanto alguns permissionários temem a queda no movimento, outros acreditam que a reforma pode atrair mais clientes.

O dono da mercearia Casa da Azeitona, Luiz Carlos Pavanello, disse que o movimento já caiu 60%. “O transtorno está na mudança, pois vou ter que sair daqui”, relatou, já encaixotando às mercadorias. Já o seu vizinho de ponto, Cláudio Moraes, da Cláudio’s Mercearia, entende que qualquer reforma exige sacrifício e espera, desde que as benfeitorias sejam bem feitas. “Todos vão ganhar”.

O comerciante Cláudio Moraes, que está otimista com a iniciativa, só acha que a obra vai demorar demais. “Acho que o tempo pode afastar os clientes”. A proprietária da Sissi Cereais e Especiarias, Euci Cardoso Vieira, porém, não tem reclamações. “A reforma é necessária, pois aqui é um ponto turístico”, analisou.

Ontem, o advogado Luiz Gustavo, cliente antigo do local, já sentiu às dificuldades. “Estou tendo que pagar para fazer compras. Como não tem estacionamento, deixei o carro com cartão do Estar (área de estacionamento rotativo de Curitiba)”, explicou. Embora não tivesse conhecimento da obra, o serventuário da Justiça aposentado Flávio Pereira de Carvalho, que mora em Medianeira e sempre que visita Curitiba passa no Mercado Municipal, acredita que vai melhorar. “Não está atrapalhando em nada. Acho que o importante é que vai ser um cartão de apresentação da cidade”, opinou.

A obra deve prosseguir até o dia 15 de dezembro, conforme prometido para os comerciantes. As mudanças consistem na troca de piso; novas tubulações para água, gás e drenagem; novas fiações para telecomunicações e eletricidade; renovação da cobertura; e pintura da estrutura. Os comerciantes terão de, por conta própria, reformar seus estabelecimentos. O Mercado Municipal tem sete acessos e continuará com todos abertos ao público. Mas o consumidor tem que prestar atenção na redistribuição das atividades: os hortigranjeiros estão em barracas cobertas no estacionamento da Rua da Paz e as mercearias e adegas estão sendo mudadas para o piso superior. O horário de funcionamento permanece o mesmo.

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