Com orçamento 30% menor em relação a 2015, Festival começa sábado com a Osesp

O Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão dá a largada, no sábado, 2, à 47ª edição, com concerto da Osesp regida por Marin Alsop no Auditório Claudio Santoro. E, como em 2015, terá sua programação dividida entre Campos, onde serão realizados concertos, e São Paulo, que vai abrigar, além de apresentações, toda a área pedagógica do evento. O orçamento total é de R$ 4 milhões, com R$ 1,7 milhão do governo do Estado e R$ 2,3 milhões de patrocínios: uma redução de 30% com relação ao orçamento do festival no ano passado. Serão, ao todo, 88 concertos, 68 deles gratuitos.

“A princípio, alteração de local se deveu à necessidade de acomodar limitações orçamentárias. Os valores de hospedagem e locomoção em São Paulo são muito inferiores àqueles da alta temporada em Campos do Jordão. Adicionalmente, as instalações da Sala São Paulo, bem como as dependências da EMESP, são muito funcionais. A facilidade de deslocamento entre esses espaços aumenta o aproveitamento dos alunos. Assim, do ponto de vista logístico, o festival ficou mais eficiente”, explica Marcelo Lopes, diretor da Fundação Osesp, responsável pelo evento. “Não se pode negar que os atrativos turísticos e ecológicos de Campos estão no imaginário dos alunos há muitos anos, mas há necessidade de flexibilização para que se possa manter o número e o nível de bolsistas, professores e atividades de performance.”

O festival conta, este ano, com 138 bolsistas integrais e 79 parciais (no ano passado, eram 144 e 50, respectivamente). Além de aulas com músicos de todo o mundo, eles se apresentarão em séries de câmara e na Orquestra e na Camerata do Festival, com regência de maestros como Arvo Volmer e Neil Thomson. A lista de professores inclui nomes como a violinista Karen Gomyo, os violoncelistas Christian Poltéra e Pieter Wispelwey, o violonista Fábio Zanon (coordenador artístico e pedagógico do evento) ou o violinista Luis Otávio Santos, que vai orientar os alunos do Grupo de Música Antiga, uma das novidades da edição.

Para o diretor artístico da Fundação Osesp, Artur Nestrovski, as experiências artísticas e pedagógicas estão “fortemente integradas”. “Os bolsistas que tocam na Orquestra do Festival fazem nada menos que quatro concertos. Temos também os bolsistas parciais, que tocam na Camerata e no Grupo de Música Antiga “, diz. “Pela própria natureza do festival, que, entre outras coisas, é uma espécie de galeria representativa do melhor que se faz em música clássica em São Paulo e no Brasil, a programação tende a ser bastante variada.”

Entre os destaques, Nestrovski coloca o maestro estoniano Arvo Volmer, que pela primeira vez regerá a Orquestra do Festival. “Teremos também o violoncelista holandês Pieter Wispelwey tocando a integral das seis Suítes de Bach. E o Quarteto Diotima, que vem da França para uma residência. Destaco ainda Le Marteau Sans Maître, de Pierre Boulez, com a soprano Manuela Freua, e um conjunto de professores regido por Ricardo Bologna. Para fechar a lista de destaques em cinco, lembro ainda os concertos do Grupo de Música Antiga do Festival, sob a direção de Luís Otavio Santos”, diz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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