‘Stop motion tem um apelo que não vai embora’, diz animador

Durante três meses, Will Becher não tem outra lembrança do que aqueles dias e noites dentro de uma sala de filmagem com um hospital em miniatura no centro. Ali, filmava um dos núcleos de Shaun, O Carneiro, longa que será exibido nesta edição do Anima Mundi, festival dedicado ao gênero realizado entre os dias no Rio de Janeiro (de 10 e 15 de julho) e em São Paulo (de 17 a 22 julho) – e entra em circuito comercial a partir de 3 de setembro.

O longa, produzido pelo estúdio britânico Aardman Animations, é baseado no personagem que já está na série de televisão homônima. O personagem título deriva de outro longa de animação chamado Wallace e Gromit (2005).

Becher, que virá ao Brasil para apresentar detalhes da criação em stop motion, é o animador chefe da produção e se derrete ao falar do sentimento criado pela técnica, capaz de capturar o gosto até de cineastas consagrados, como Tim Burton (A Noiva Cadáver e Frankenweenie) e Wes Anderson (O Fantástico Sr. Raposo).

“O stop motion tem um apelo que não vai embora. Acho que é parte do motivo pelo qual as pessoas ainda assistem a filmes com essa técnica. Há uma nostalgia. Mesmo que dê muito trabalho para ser feito, consuma tanto tempo, é sempre mágico”, diz Becher. O animador planeja dar detalhes das filmagens e responderá à perguntas do público. “As pessoas sempre querem saber quando tempo demora para filmar”, conta. “São três segundos por dia, aliás, já adianto”, completa, entre risos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Voltar ao topo