44 anos depois

Garfunkel ainda não superou fim da dupla com Paul Simon

Tem gente que não vira a página mesmo. A vida segue, mas eles ficam ali remoendo, guardando rancor na geladeira e esquecendo de viver a própria vida.

Quem está perfilado esplendidamente neste grupo é o cantor Art Garfunkel. Em recente entrevista, ele mostrou que ainda não superou a dissolução da dupla que fez com Simon, ocorrida há 44 anos.

Se você está boaindo neste assunto vamos esclarecer: Simon & Garfunkel formaram uma dupla de música folk de grande sucesso nos Estados Unidos e todo o mundo. Entre seus maiores hits figuram obras primas como The Sound of Silence (1964), I Am a Rock (1965), Homeward Bound (1965), Scarborough Fair/Canticle (1966), A Hazy Shade of Winter (1966), Mrs. Robinson (1968), Bridge over Troubled Water (1969), The Boxer (1969) e Cecilia (1969)

Pois é, mas todo este glamour acabou em 1971. E parece que Garfunkel jamais superou a separação. Quando se refere ao seu ex-parceiro ele chama Paul Simon de “idiota” e “babaca” por terminar com a dupla, e lamenta que Simon tenha se tornado um “monstro”.

Após a separação, Simon seguiu carreira solo, teve mais sucesso e Garfunkel também lançou seu próprio material solo, atuou e ensinou matemática por um curto período. “Eu havia acabado de me casar e me mudar para Connecticut. Havia uma escola preparatória por perto, então ensinei matemática lá. Foi um período estranho da minha vida, deixar Simon & Garfunkel no auge do nosso sucesso e me tornar um professor de matemática. Eu perguntava a eles se tinham alguma pergunta sobre um problema de matemática e eles diziam: ‘Como eram os Beatles?’”

Desde o término da dupla, em 1971, Simon & Garfunkel se apresentaram juntos algumas vezes – a última foi em 2010 – e Garfunkel ainda está aberto a fazer uma turnê com Simon.

“Se eu vou fazer mais uma turnê com Paul? Bem, isso é bem ‘realizável’. Quando nos encontramos, ele com o seu violão, é um deleite para os nossos ouvidos. Uma pequena bolha se forma ao redor da gente e parece fácil. Nós nos misturamos. Então, como uma metade, eu diria, ‘Por que não, enquanto estamos vivos?’ Mas eu estou nessa mesma posição há décadas. É onde eu estava em 1971”, disse Garfunkel.