Diretora foi a base para personagem, diz atriz do filme ‘Ponte Aérea’

Até aqui foram pequenos papéis na TV e no cinema. Com Ponte Aérea, Letícia Colin mostra que pode carregar um filme inteiro. E está na novelas Sete Vidas.

Você é paulista, não? Como encara a rivalidade entre Rio e São Paulo?

Sou paulista, mas vivo há mais de dez anos no Rio. Caio (Blat) é paulista, mas faz um carioca no filme. Júlia (a diretora Júlia Rezende) é carioca, mas fez questão de filmar em São Paulo até as cenas que poderia fazer em estúdio no Rio. O filme enfatiza diferenças, mas o que a gente faz é desconstruir diferenças para falar de sentimentos, que são mais importantes.

Faz diferença ser dirigida por uma mulher?

Toda. Para mim, minha personagem é a Júlia, mesmo que ela diga que o filme é pessoal sem ser autobiográfico. Minha personagem é uma mulher moderna que o cinema brasileiro não tem mostrado muito. Inspirei-me nela, no seu comportamento no set. Júlia se preocupava em me deixar confortável nas cenas de sexo. E eu me preocupava de como minha barriga ia aparecer. Existem momentos em que o diálogo me desnuda muito mais, mas com ela eu não tinha medo de nada. Tinha confiança.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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