Envelheceram bem

Clássicos dos cinemas que completam 25 anos

Sociedade dos Poetas Mortos; Meu Pé Esquerdo; Indiana Jones e A Última Cruzada; Conduzindo Miss Daisy; Nascido em Quatro de Julho; Pecados de Guerra. Sabe o que estes filmes têm em comum? Não? Então explico: todos eles, além de serem ótimos longas, completam neste ano 25 anos de existência. É isso mesmo. Um quarto de século destas pepitas.

“Parece que foi ontem”, você pode dizer. É verdade. Tais filmes marcaram o público de um jeito que ainda são “frescos” na nossa memória. Como esquecer do personagem John Keating (Sociedade dos Poetas Mortos), interpretado de forma sensacional por Robin Willians, da comovente amizade entre Daisy Werthan e Hoke Colburn (Conduzindo Miss Daisy) ou de não ter vibrado com Batman (ok, esse filme do Tim Burton é apenas ok, mas serviu para recolocar os heróis dos quadrinhos nos cinemas).

A lista é longa, então selecionei alguns longas para serem comentandos. Vamos com Sociedade dos Poetas Mortos. Vencedor do Oscar de melhor roteiro original e com indicações de melhor filme, ator e diretor, o longa é daqueles que emocionam até mesmo pessoas que possuem uma pedra no lugar do coração. O longa mostra como o professor John Keating “contamina” os jovens alunos de uma escola rígida a seguir os seus sonhos. “Carpe diem” (termo latim para Aproveite o dia), prega Keating não apenas aos estudantes, mas também para o público.

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Atuação em Meu Pé Esquerdo deu a
Daniel Day-Lewis o Oscar de melhor ator.

Outro grande filme deste ano foi Meu Pé Esquerdo, que deu ao ator irlandês Daniel Day-Lewis o seu primeiro Oscar (ele receberia o prêmio com os filmes “Sangue Negro” e “Lincoln”). Graças à sua performance arrebatadora, o mundo pode conhecer um pouco a história do artista plástico Christy Brown, que, mesmo sendo deficiente físico, conseguia usar o seu pé esquerdo para poder criar obras de arte e ter seu talento reconhecido pelo público, crítica e pela sua família. 

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Indiana Jones e A Última Cruzada manteve
a qualidade de seus antecessores.

Embora não tenho o mesmo apelo artístico dos dois filmes acima citados, outro trabalho que chamou a atenção do público foi Indiana Jones e A Última Cruzada. Ignorando o fato de existir Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (que, sendo bem gente boa, pode ser considerado apenas como ‘assistível’), A Última Cruzada fechava – e bem – a trilogia do arqueólogo Indiana Jones. Com uma história redonda e um elenco de peso (Harrisson Ford, Sean Conery, entre outros), acredito que o filme possa ter um lugar especial no coração dos cinéfilos de plantão.

Outro grande sucesso que chega ao seu jubileu de prata é De Volta Para o Futuro II. A excelente continuação, além de divertir, servia como uma brincadeira de futurologia, uma vez que o personagem Marty McFly (Michael J. Fox). Ainda que as coisas mais legais não sejam uma realidade para gente (estou olhando para você, carro e skate voadores e Tubarão 19), algumas das coisas imaginadas há 25 anos acabaram acontecendo, como vídeo chamadas; óculos que lembram o Google Glass; sensores de movimento (Kinect, Wiimote, PS Move); drones; tablets; entre outros. 

Há outros filmes que certamente mereciam ser citados aqui, como, por exemplo, Campo dos Sonhos (vi há muito tempo e não me lembro como os que citei). Mas, para não se alongar demais no assunto, deixo essa breve análise destes, os quais considero como os melhores deste ano. Boa leitura e espero que gostem!