Veteranos dominam lista que compete à Palma de Ouro

Na entrevista que deu nesta quinta-feira, 17, ao jornal O Estado de S.Paulo, Gilles Jacob, ainda presidente do Festival de Cannes – será substituído por Pierre Lescure -, admitiu que existem os chamados ‘abonnés’, os autores do seu coração, a quem reserva um lugar permanente no maior evento de cinema do mundo, e isso apesar de a seleção oficial ser assinada pelo diretor artístico Thierry Frémaux.

Ambos trabalham em parceria, sem nenhuma divergência aparente. A seleção oficial deste ano, anunciada nesta quinta durante coletiva em Paris, contempla vários habitués – Mike Leigh, Ken Loach, Nuri Bilge Ceylan, David Cronenberg, os irmãos Dardenne, Olivier Assayas, Atom Egoyan, Naomi Kawase.

Jacob também afirmou na entrevista que era seu compromisso investir na renovação, e por isso ele gostava de dosar novos talentos e autores estabelecidos. Em sua última seleção oficial como presidente, até os novos talentos – como o canadense Xavier Dolan, de 25 anos – parecem veteranos, de tantas vezes que já integraram a seleta lista. E existem os eternos outsiders, como Jean-Luc Godard, o grande revolucionário da linguagem, que Cannes nunca premiou (Veneza, sim).

O Brasil não concorrerá à Palma de Ouro de 2014, mas estará representado na seção Un Certain Regard, gêmea da competição. Juliano Ribeiro Salgado, filho de Sebastião Salgado, assina com Wim Wenders o documentário The Salt of the Earth, O Sal da Terra, sobre seu pai. A Argentina terá um filme na competição e outro em Um Certo Olhar, mais o diretor Pablo Trapero, como presidente do júri de Un Certain Regard. Jane Campion vai presidir o júri que outorgará a Palma.

O festival abre-se dia 14 de maio com Grace de Mônaco, de Olivier Dahan. Segue até dia 25. Concorrem – Sils Maria, de Olivier Assayas; Saint Laurent, de Bertrand Bonello; The Search, de Michel Hazanavicius; Adieu au langage, de Jean-Luc Godard; Deux Jours, Une Nuit, de Jean-Pierre e Luc Dardenne; Map To the Stars, de David Cronenberg; Mommy, de Xavier Dolan; Captives, de Atom Egoyan; The Homesman, de Tommy Lee Jones; Foxcatcher, de Bennett Miller; Still the Water, de Naomi Kawase; Mr Turner, de Mike Leigh; Jimmy’s Hall, de Ken Loach; Le Meraviglie, de Alice Rohrwacher; Relatos Salvajes, de Damian Szifron; Timbuktu, de Abderrahmane Sissako; Leviathan, de Andrey Zvyagintsev; e Winter Sleep, de Nuri Bilge Ceylan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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