Com novo álbum, duo Black Keys promete show no País

Em julho, o duo The Black Keys fez uma participação no talk show “The Colbert Report”, do canal Comedy Central. E o anfitrião, o comediante Stephen Colbert, mal conseguia se conter. “No ano passado, vocês eram um barbudo (Dan Auerbach, vocalista e guitarrista) e um cara de óculos (o baterista Patrick Carney) que tocavam rock’n’roll. Agora vocês são o The Black Keys! Três prêmios Grammy. Tudo o que vocês fazem agora é demais. É como se vocês estivessem numa espaçonave rumo à Lua”, disse o apresentador.

Ainda era exagero. Era preciso chegar o sétimo álbum de Auerbach-Carney, que sucederia o estrondoso “Brothers” (2010), quando completavam uma década de carreira. Ele viria em dezembro, e dispararia ao segundo lugar na Billboard americana. Em duas semanas, vendeu 300 mil cópias.

Depois, no anúncio do line up do Coachella, megafestival que será realizado em abril, na Califórnia, eles figuram lá no alto, fecharão a primeira noite. E estampam a capa de janeiro da “Rolling Stone”, que os define como “máquina supercarregada de batidas”. O tamanho da banda atualmente pode ser medido por sua turnê pelos EUA, em que os Arctic Monkeys abrirão seus shows.

“El Camino”, nome do novo disco, ilustra por onde o Black Keys passou, e o que veio sem querer. Em entrevista à reportagem, Auerbach contou que o nome, por exemplo, foi escolhido a esmo, quando a dupla caía na estrada em um Chevrolet El Camino. “Depois, vimos que tinha algum sentido nele. Representa a nossa trajetória, por onde nós passamos até aqui.”

O caminho foi duro e sinuoso, à base de shows e discos inventivos. Mais um mérito para a dupla, pois se cada álbum apresenta uma nova sonoridade, uma nova experimentação, continuam ali a voz de Auerbach, rouca e doce, sua guitarra com riffs de blues em meio a acordes de punk, e as porradas na bateria de Carney. O rock’n’roll é servido puro, mas embebido em outras sonoridades que cruzam o caminho da banda. Auerbach conta que, a cada álbum, as músicas vão nascendo de forma espontânea. “Tudo é muito variável, na verdade. Reflete o que estamos comendo, em que carro estamos andando, o que estamos escutando”, diz.

Auerbach conta, ainda, que anseia vir ao Brasil. “Estava tudo acertado para irmos no primeiro semestre, mas tivemos problemas. Nos veremos este ano, sem falta.” Enfim, o Black Keys chegou ao topo do mundo. Como Stephen Colbert há muito já sabia. As informações são do Jornal da Tarde.

“El Camino”

The Black Keys

Warner Music

Preço: R$ 29,90

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