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Pitty fala do Agridoce e do projeto de ser mãe

Os especiais de verão do “Marília Gabriela Entrevista” começam neste domingo, dia 8, e, para abrir a programação, Gabi recebe a cantora baiana Pitty, um ícone feminino por sua autenticidade tanto nos palcos quanto na vida. Com 17 anos de carreira e sempre associada ao rock’n’roll, com som pesado e vibrante, ela mostra versatilidade e lança-se em um projeto paralelo: o Agridoce.

A ideia de compor músicas com melodias e letras mais profundas veio do recesso de um mês que sua banda faz anualmente. Pitty acabou reunindo-se com o amigo e guitarrista Martin para criar um som novo: “Ficou bem lúdico, introspectivo. É diferente, muito diferente do trabalho com a minha banda”. Ela explica que não havia um objetivo definido para o som que eles iam fazer. “A coisa se define depois que está pronta”, conta.

Pitty não cria expectativas sobre o sucesso do trabalho com o Agridoce. “Está no mundo para quem quiser gostar. Eu acho que a gente tem que fazer, quem quiser goste”, afirma Pitty, que já teve alguns retornos positivos. No CD, eles usam guizos e piano modificado, entre outros instrumentos, como forma de experimentação. O trabalho, no entanto, foi tomando forma no MySpace, de onde veio também o nome do projeto. “Observando as músicas e o contraste que existem, a gente achou que Agridoce definia bem”.

Gabi afirma que Pitty parece mais doce do que há quatro anos, quando foi feita a última entrevista. “Gente oscila”, diz a baiana. Que acaba concordando que hoje se sente mais doce. Mas seu lado mais polêmico e sincero é o que sobressai, principalmente nas redes sociais, onde Pitty faz questão de estar presente. “O lado bom é que você tem como se manifestar (…) é uma ferramenta direta entre você e o interlocutor”. Ela acredita que as redes sociais minimizam mal-entendidos e criam outros, mas é mais positivo do que negativo, principalmente na hora de esclarecer notícias publicadas erroneamente pela imprensa.

Recentemente, Pitty foi indicada ao Grammy Latino como o último CD de sua banda, “A trupe delirante no Circo Voador”, mas acredita que as premiações populares transmitem algo muito forte também. “Quando o voto é popular e você ganha, é incrível! Porque é a voz da rua (…) São emoções diferentes”.

Aos 34 anos, Pitty acredita que não teria como não ser artista, já que sempre teve música e arte em casa. E pensa em ter filhos com o marido Daniel, baterista da banda NX Zero – ela perdeu um bebê no início de uma gravidez, no ano passado. “Eu não estava preparada nem para uma coisa nem para a outra; nem para ser mãe e nem para deixar de ser tão rápido”.