McCartney leva 64 mil ao Morumbi no 1º show em SP

Às 21h33, de terno azul, o mítico contrabaixo ‘canhoto’ nas mãos, Paul McCartney entrou no palco do Estádio do Morumbi, na zona sul, em seu primeiro show da turnê “Up and Coming Tour” em São Paulo. Acenou para os 64 mil fãs que lotavam o Morumbi e emendou uma sequência já amplamente conhecida de sucessos: “Venus and Mars”, “Rockshow”, “Jet”, “All My Loving”, “Drive My Car”, “Highway” e “Let Me Roll It”.

“Oi, tudo bem? Oi, boa noite. Boa noite, São Paulo. Boa noite, Brasil”, disse o ex-beatle, devidamente ensaiado no português. “E aí, galera? Irráááá!”, gritou. E foi pontuando as canções com as frases decoradas. “Esta noite eu vou falar português. Mas vou falar mais inglês”, disse, arrancando risos da plateia. A previsão era de três horas de apresentação, com 35 músicas previstas no repertório.

A partir de “The Long and Winding Road”, ele foi ao piano, sem blazer azul por causa da noite de calor, mostrando os suspensórios. O Morumbi estava encantado. “Eu escrevi essa música para o meu amigo John”, disse Paul, antes de cantar “Here Today”, em referência a John Lennon. Ao tocar “My Love”, dedicou a canção aos casais de namorados que assistiam à apresentação.

Antes do Show – Os portões do Estádio do Morumbi ainda não tinham sido abertos para o público, mas 200 pessoas vips, que compraram um ingresso de US$ 1.400, já estavam lá dentro desde o meio-dia. Participaram de um almoço vegetariano organizado pela produção de Paul McCartney e, entre as 16h40 e as 17h30, puderam assistir à passagem de som do ex-beatle, que cantou músicas que estão fora do repertório do show.

Sir Paul tocou “Penny Lane” e “Magical Mistery Tour” (Beatles) e “Bluebird” (do Wings), entre outros sucessos de sua carreira. Em Porto Alegre, essa passagem de som durou uma hora e meia. Em São Paulo foi mais curta, porque o cantor inglês se atrasou para sair do Grand Hyatt Hotel e chegar ao Estádio do Morumbi.

Durante o dia, fãs menos sortudos se aglomeraram na porta do Grand Hyatt Hotel, na zona sul. Ninguém ganhou autógrafo, mas o simples aceno de Paul McCartney pela janela do carro, por volta das 16h30, já foi suficiente para levar algumas pessoas às lágrimas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.