A importância da música na educação

Educar musicalmente na flauta doce professores leigos e de música. Esse é o trabalho do projeto Sopro novo, da Yamaha Musical do Brasil, que vem sendo desenvolvido há mais de três anos em diversos lugares do Brasil.

A idealizadora e coordenadora do projeto, Cristal Angélica, explica como é realizado esse trabalho. “O programa é voltado especificamente para professores. Ensinamos a eles a tocar a flauta doce, que é um instrumento fácil de se manusear, tem um preço bem acessível e é dotado de uma sonoridade ímpar.

Realizamos dois dias de seminários, com diversas atividades. A nossa meta é iniciar a pessoa no instrumento musical, pois acreditamos que a música é muito importante para o desenvolvimento das pessoas”, comenta.

O programa, criado em 2004, vem de encontro com a Lei 11.796, sancionada recentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que indica a obrigatoriedade do ensino musical nas escolas brasileiras.

“Embora o Sopro novo seja mais antigo que essa lei, acredito que ela será importante porque vai ajudar a capacitar professores para ensinar essa disciplina”, diz.

No Paraná, o programa está presente me quatro cidades e podem vir mais por aí. “O Paraná tem se interessado pelo Sopro Novo. Ele está presente em Londrina, Maringá, Cianorte e Francisco Beltrão. Mais cidades têm demonstrado interesse em ter esse projeto, dentre elas, Curitiba”.

Ensino musical

Agora é lei. Todas as escolas brasileiras deverão ter aulas de educação musical no ensino fundamental e médio. Elas terão três anos de prazo para incluir a disciplina em seu currículo. A medida sancionada pelo presidente Lula foi aplaudida por professores e pedagogos.

Segundo a professora de música do Grupo Educacional Opet, Juliane Neves Fiorezi, a obrigatoriedade dessas aulas serão benéficas para as crianças. “A música ajuda o indivíduo de várias maneiras. Ela influencia positivamente no aprendizado, desenvolve a assimilação e a percepção e ajuda de sobremaneira a sociabilização, principalmente entre crianças”, afirma.

A opinião também é compartilhada pela coordenadora de disciplina de arte e também professora de música do Sistema Educacional Expoente, Vera Regina Lunardi Lima.

“A música tem que ser entendida como uma linguagem e não como uma forma de estratégia para banalizá-la. Tem que mostrar um amplo universo de sons para o aluno. Isso vai ajudá-lo a ampliar seus sentidos, como a visão, o tato e, principalmente, a audição. Nosso propósito com essas aulas não é o de formar músicos profissionais, mas como música é cultura, ela vai despertar nessa pessoa também o senso crítico, fazendo com que esse indivíduo não aceite passivamente todo esse material cultural descartável”, garante.

A coordenadora pedagógica de educação infantil do Expoente, Flávia Rubick, acredita que essa nova lei não deve mudar a rotinas das escolas, sejam elas públicas ou particulares, e que a disciplina de música acaba afetando também em outras matérias escolares.

“Percebemos que a música ajuda a deixar o aluno mais responsável, ele aprende a ouvir, melhora sua auto-estima e sua capacidade de se expressar. É uma lei que veio bem a calhar e que será bem interessante aos estudantes brasileiros”, encerra.