Dúvidas sobre a morte de Grace Kelly, 20 anos depois

No momento em que se comemora o vigésimo aniversário de seu falecimento, em 13 de setembro, dúvidas continuam pairando sobre as circunstâncias da morte da atriz que se transformou em princesa de Mônaco, Grace Kelly.

A principal dúvida é se era ela quem conduzia o automóvel com o qual se acidentou ou se era sua filha Stephanie quem estava ao volante.

Kelly morreu um dia depois de ser operada em um hospital, ao qual foi levada com hemorragias cerebrais depois que sua Rover 3500 saiu da estrada em uma curva, nas colinas de Mônaco.

Vinte anos depois daquela desgraça existe um véu de mistério sobre o acidente (há até quem diga que se tratou de um atentado) e não está claro se naquele dia Kelly dirigia, como sustenta a versão oficial, ou se era sua filha Stephanie, quando era menor e ainda não tinha carteira de habilitação. Apesar disso, a estrela preferida de Alfred Hitchcock mantém uma presença inesquecível em Mônaco.

Rainier III, com quem a atriz se casou em 1956 naquele que foi considerado “o casamento do século”, nunca conseguiu superar a trágica e prematura morte de Kelly. Nem mesmo a inquieta Stephanie se recuperou totalmente do trauma.

“Grace está sempre conosco. Foi uma mulher perfeita, completa, um desses seres raríssimos que com sua simples aparição suscitava admiração respeitosa em todos”, descreveu-a o idoso e enfermo príncipe Rainier.

Essas declarações foram feitas para uma edição especial dos “Anais Monegascos”, dedicada à inesquecível princesa-atriz, para cuja tumba de mármore na catedral continua a peregrinação dos turistas.

A grande paixão de Grace Kelly pela interpretação aflorou desde criança e ela atuou em várias produções escolares. Quando terminou o curso secundário, transferiu-se para Nova York, onde trabalhou como modelo enquanto fazia aulas de interpretação no American Academic of Dramatic Arts.

No final dos anos 40 ela estreou no teatro, conseguindo chamar a atenção dos produtores de Hollywood graças a suas aparições na Broadway.

Seu primeiro trabalho no cinema foi um papel secundário no filme de Henry Hathaway “Fourteen hours” (1951), onde contracenou com Paul Douglas, Richard Basehart, Debra Paget e Barbara Bel Geddes.

Atriz atuou em três obras-primas de Alfred Hitchcock

A grande oportunidade de Grace surgiu quando foi convidada pelo diretor Fred Zinnemann para atuar ao lado de Gary Cooper e Katy Jurado, em 1952. Em 1953 ela protagonizou “Mogambo”, de

John Ford, filme de aventuras na África em que contracenava com Clark Gable e Ava Gardner.

Em 1954, ela realizou seu primeiro trabalho com o mestre do suspense Alfred Hitchcock, que a considerava sua loura preferida. Depois de “Janela indiscreta” (1954), em que atuou ao lado de James Stewart, seguiram-se “Disque M para matar”, co-protagonizado por Ray Milland (com quem teve um breve romance) e “Ladrão de casaca” (1955), ao lado de Cary Grant.

Esses foram os três filmes, verdadeiras obras-primas, que Grace Kelly realizou sob o comando de Alfred Hitchcock, pois o casamento com o príncipe Rainier em 1956 interrompeu abruptamente sua carreira cinematográfica.

Filha de uma família rica da Pensilvânia, Grace Kelly, a princesa-atriz, perdeu a vida aos 52 anos.

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