Tezza participa como convidado da Flip

A Associação Casa Azul realiza entre hoje e dia 10 de julho a 3ª. Festa Literária Internacional de Parati (Flip) no Rio de Janeiro. O evento possui conversas literárias articuladas com temas atuais da cultura e política, e diversas atrações musicais.

Ao todo são vinte mesas-redondas, 36 autores do Brasil e de outros onze países, e 25 editoras. Entre os escritores convidados está Cristóvão Tezza, conhecido pelas histórias que utilizam a cidade de Curitiba como pano de fundo de seus romances. O reconhecimento nacional foi reafirmado após a Academia Brasileira de Letras (ABL) anunciar que O fotógrafo (2004), último romance de Tezza, havia vencido o Prêmio de Melhor Romance de 2004 pela ABL. A solenidade de premiação acontece dia 22 de julho na sede da Academia.

Para esta edição da Flip, a agenda prevê discussões sobre jornalismo de guerra, importância literária da Bíblia e debate sobre a ficção produzida por países periféricos. ?Procuramos manter o caráter estritamente literário da Flip, mas ao mesmo tempo dialogar com a não-ficção e insinuar o debate político?, lembram Ruth Lanna, diretora de programação, e Samuel Titan Jr., consultor de programação da Flip 2005.

Tezza participa amanhã da mesa-redonda ?A força do romance??, junto a Beatriz Bracher e José Luis Peixoto. As ?crises do romance? acompanham o gênero desde seu surgimento até hoje. Representando a língua portuguesa, além de Tezza atestam sobre o problema o português José Luís Peixoto (Nenhum olhar ) e Beatriz Bracher (Não falei), que se reúnem para ler passagens de seus últimos livros, falar sobre criatividade e discutir o futuro do gênero. Outros nomes importantes também participam da festa em Parati. Entre eles estão: o anglo-indiano Salman Rushdie, Ariano Suassuna, Arnaldo Jabor e Jô Soares.

Prêmio Melhor Romance

Em O fotógrafo, Tezza conta a história de um repórter fotográfico quarentão insatisfeito com a vida. Um dia ele recebe uma proposta para secretamente fotografar uma jovem mulher. Tudo o que precisa é segui-la e tirar suas fotografias. Em troca, recebe US$ 200 por filme não revelado. Num intricado conjunto de personagens, a história toda acontece num único dia, visto sob a ótica de cinco pessoas. Cada capítulo desvenda os personagens, suas vidas e as ambigüidades tornam-se mais nítidas a cada momento, transparecendo assim a proximidade de relação que, mesmo indireta, uns têm com os outros.

Professor universitário, autor de romances e de um estudo acadêmico sobre Mikhail Bakhtin (Entre a prosa e a poesia, 2003), Tezza, natural de Lages (SC) vive em Curitiba há trinta anos.

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