Eva Schul volta ao Guairinha com dança

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A Ânima Companhia de Dança
é de Porto Alegre.

A coreógrafa Eva Schul, que durante dez anos foi professora do Balé Teatro Guaíra e foi uma das criadoras do Curso Superior de Dança da FAP, volta a Curitiba para duas apresentações com a Ânima Cia de Dança, de Porto Alegre. Serão apresentadas as coreografias Catch ou Como Segurar um Instante e A Mão Mansa do Afeto, hoje e amanhã, no Guairinha, às 21h.

O espetáculo circulou pelo Brasil, com o apoio da Caravana Funarte, e já foi apresentado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, nos estados do Norte e Nordeste e, no último fim de semana, em Antonina. Eva Schul, diretora da companhia, disse que eles fizeram questão de incluir no circuito apresentações em cidades pequenas, onde dificilmente se apresentam companhias vindas de outros estados. "E o resultado foi surpreendente. As pessoas agradeceram por nós estarmos lá??, conta.

Em Antonina, as apresentações foram no Teatro Municipal que há 20 anos não recebia, fora do Festival de Inverno, um espetáculo de dança em seu palco.

Criada em 1991, a Ânima abriu seus trabalhos no Teatro Cacilda Becker, no Rio de Janeiro, dentro do projeto Olhar Contemporâneo da Dança. Nestes 14 anos, a companhia se tornou uma das principais do Rio Grande do Sul e se apresentou em festivais nacionais e no Uruguai, além de receber prêmios regionais e da Funarte.

Eva Schul é atualmente diretora do Instituto Estadual de Artes Cênicas do Estado do Rio Grande do Sul. O trabalho de Eva Schul, como coreógrafa da companhia, é dividido com o criador e intérprete Eduardo Severino, que representou o Brasil como convidado na Dies de Dansa XIII International Dance Festival in Urban Landscapes 2004, Barcelona, Espanha, e é considerada uma das revelações da dança do Rio Grande do Sul.

Coreografias

Catch ou Como Segurar um Instante, de Eva Schul, trabalha ao longo do espetáculo noções de mecânica, como equilíbrio (desequilíbrio), deslocamento do centro de massa e inércia. "É um espetáculo de dança contemporânea onde os intérpretes retratam as oscilações das formas de instabilidade e apoios que os corpos são capazes de adquirir, de forma solitária ou utilizando-se do suporte de outro corpo em estado semelhante??, explica Eva. Além do vigor dos movimentos, uma das partes mais interessantes é quando duas bailarinas dançam dentro de uma pequena gamela, único elemento cenográfico desta coreografia.

A Mão Mansa do Afeto, de Eduardo Severino, aborda o sentimento de inclinação para alguém: simpatia, amizade, afeição, amor. "Como expressar a dor da perda, a euforia do reencontro, o pressentimento da distância???, pergunta o coreógrafo. Segundo ele, a investigação coreográfica passeia pela carência do afeto, do calor, do ombro e da carência do apoio. "Pessoas que se unem na tentativa de um novo viver??, fala.

Esta é a primeira coreografia do espetáculo e o público é convidado a entrar no teatro acompanhando uma violinista, que participa de alguns trechos desta coreografia.

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