Paixão eterna

O Atlético está de aniversário. São 89 anos. Poderia ser mais, como poderia ser bem menos. É irrelevante a marca de vida pelos números. É relevante para quem vive uma vida grandiosa, em razão de um futuro próximo e certo, sem precisar só dos recursos do passado.

O Atlético, hoje, me provoca a lembrança de uma poesia de Fernando Pessoa: “Não importa se a estação do ano muda… Se o século vira, se o milênio é outro. Se a idade aumenta… Conserva a vontade de viver. Não se chega à parte alguma sem ela.”

O sentimento pelo Atlético, que me desminta o seu torcedor, chega bem antes na vida do que alguns valores mais importantes. O poder e o fascínio que exerce provocam uma carga de influência diária em nossas vidas, que em dados momentos torna nossos sentimentos e nossas ações dele dependentes. Trânsito para realizações é a soma dos dias, das tristezas, alegrias e emoções compartilhadas com outros valores. O Atlético influencia tanto as nossas vidas, que é através dele que construímos uma importante base para relações com pessoas e com os sentimentos.

O torcedor atleticano que trate bem o Atlético. Por que bem ensina o comovente Papa Francisco: não devemos temer o amor.

Crédito

O título da coluna “Paixão Eterna” é emprestado da criação do publicitário e atleticano Nelson Fanaya Filho. A marca foi criada em dezembro de 1999, para lembrar a inclusão da camisa do Atlético, entre diversos objetos, na cápsula do tempo da promoção do jornal The New York Times e do Museu Americano de História Natural. A abertura da cápsula ocorrerá no ano 3000.