Filme triste

Como o boato que sai do CT do Caju corre e chega rápido ao centro da cidade, dizem por ai que o treinador Juan Ramon Carrasco será demitido do Atlético. E que se ainda não foi, é porque não se sabe qual é o treinador ideal. O problema está em saber quem irá fazer a avaliação sobre o perfil do novo treinador.

Sandro Orlandelli, que é o gerente, já provou ser incapaz de decidir, porque seu currículo não sugere essa responsabilidade. A sua intervenção direta nos negócios trouxe Adriano, Renan Teixeira, Léo Mineiro, Zezinho, Rafael Schmitz, Thiago Adan, Fernandão, o aposentado Luiz Alberto e quer Matheus, zagueiro que teria atuado pelo Cruzeiro. E nem se diga que lhe faltou apoio financeiro, pois convenceu Petraglia a pagar 800 mil reais ao empresário Eduardo Duran, por 50% dos direitos de Fernandão.

Então, quem irá escolher o novo treinador? Se não pode ser o gerente de futebol por desconhecimento técnico, também não pode ser Mário Celso Petraglia. O presidente já havia sido sincero ao dizer que não queria saber de futebol – por não entender e não gostar de futebol, e que o seu negócio é obras – saiu da retórica para a prática. Entre ver o Furacão jogar e ir ao cinema, está preferindo a sétima arte como lazer.

Se no sábado essa foi a sua preferência, pelo menos deveria ter ido ver “Idades do amor”. Diminuiria a frustração da derrota em Natal, e sairia com o consolo de ver a portentosa atuação de Robert De Niro e Monica Bellucci. O que será, então, do Atlético nessa Segunda Divisão? Seis meses jogados fora. O mais grave é que terá que começar tudo de novo, sem ter alguém capaz para começar. Esse filme, Petraglia só não viu, como já foi seu principal ator.