Lembranças do presente

Na calada da tarde, (19h30), contra o Foz, o Atlético volta a jogar na Arena. É bom um jogo cedo, à noitinha. Não afoga os interesses e os encantos da noite. Essa fica longa, e a alegria pela vitória do time do coração a empurra para frente, mesmo que chegue a madrugada. A derrota, às vezes, eterniza a noite.

Mas teve um tempo, era um tempo de pobreza sem luzes, que o Atlético só tinha a luz natural. À tarde, a Baixada entupia de gente de gravata e sem paletó justificando a volta ao trabalho para bater o ponto da saída. Quando não trabalhava, ficava na curva da laranja, e lá esperava pelos gols de Sicupira.

Mas hoje é à noitinha. Lá estará o Atlético de Galatto a Rafael Moura, comandado por Geninho.

Só não compreendo a insistência com Julio César. Pode até jogar bem hoje, mas não será o titular na seqüência. Marcinho irá jogar.

Sou do tempo que em um jogo assim, o grande tinha obrigação de golear. E alguns cumpriam a obrigação: o Coritiba de Hidalgo, e o Atlético de Washington e Assis.

Só que os tempos mudaram. A ausência de craques valorizou o treinador, que se obriga a multiplicar variações táticas, como se o futebol fosse uma caixa de segredos. A goleada passou a ser consequência de uma circunstância do jogo, e não da superioridade natural do grande.

Fernando Pessoa diria: todos os caminhos nos levam à Baixada.

De primeira: Petraglia e o Atlético deveriam agradecer aos céus pela oposição não ter ganho!

**********

O Paraná continua sem ganhar. O mais surpreendente é que uma parte da imprensa diz que é normal.

*****

A RPC continua revelando grandes repórteres. Todas mulheres. Já havia revelado Malu Maza, lançou Janaina Castilho, e agora nos apresenta a excelente Gisah Batista. Bem que poderia revelar narradores.