Fumaça do mal

Fumo na gestação aumenta risco de má formação congênita

Estudo publicado nos Cadernos de Saúde Pública demonstra que filhos de mães fumantes durante a gestação apresentam maior risco de ter algum tipo de malformação congênita. O trabalho de revisão foi conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande, RS.

De acordo com o artigo, os autores encontraram associações significativas entre fumo materno na gestação e malformações congênitas dos sistemas cardiovascular, digestivo, musculoesquelético, da face e do pescoço. Também identificaram associações entre fumo materno e malformações congênitas dos sistemas respiratório, nervoso e urogenital.

O trabalho revela também uma relação dose-resposta estatisticamente significativa entre fumo materno na gestação e risco de malformações congênitas em crianças, isto é, quanto maior o número de cigarros fumados por dia pelas mães, maior o risco de ter filhos com algum tipo de malformação congênita.

“Verificou-se ainda que, todas as três doses de consumo diário de cigarros estavam associadas significativamente com maior risco de malformações congênitas comparadas com não fumantes, sugerindo que o consumo regular de cigarros pela gestante, mesmo em pequena quantidade, pode causar impacto adverso no desenvolvimento do feto”, diz o testo intitulado “Tabagismo materno na gestação e malformações congênitas em crianças: uma revisão sistemática com meta-análise”.

Segundo escrevem os pesquisadores, os mecanismos de ação do tabaco no aumento do surgimento de anomalias em bebês não são completamente conhecidos. Uma das explicações seria que o monóxido de carbono do cigarro liga-se à hemoglobina fazendo com que menos oxigênio chegeu até a placenta.

Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

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