De olho no prato

Um bife por dia aumenta 13% o risco de morte

Comer um bife por dia, cerca de 85 g de carne, já é o suficiente para aumentar em 13% o risco de morte. O consumo de porções diárias de carne vermelha processada, como bacon, salsicha ou hambúrguer, é ainda mais nocivo, elevando em 20% o risco geral de mortalidade. Essas são as conclusões de um importante estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard, divulgado ontem. Foram 28 anos de pesquisa, com mais de 120 mil voluntários.

Divulgada na versão online do periódico científico Archives of Internal Medicine, a pesquisa também analisou a relação entre o consumo de carne vermelha e a mortalidade por causas específicas: doenças do coração e câncer. Ao final do estudo, 5.910 participantes tinham morrido de males cardiovasculares e 9.464 por câncer. Nenhum deles (37.698 mil homens, acompanhados durante 22 anos, e 83.644 mil mulheres, seguidas por até 28 anos) apresentava fatores de risco para essas doenças no início do estudo.

Ingerir um bife diariamente levou a um aumento de 18% no risco de morte por doenças cardiovasculares e de 10% em relação ao câncer – para os embutidos, esse aumento foi de 21% e 16%, respectivamente. O estudo é considerado pelos especialistas brasileiros uma das investigações mais importantes e abrangentes já feitas na área.

Todos os riscos apontados pela pesquisa poderiam ser minimizados, contudo, com a redução da carne vermelha – não sendo necessário cortar totalmente o alimento das refeições, segundo os pesquisadores americanos. As informações são do Jornal da Tarde.

AE

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