Terapia em roedor melhora sintomas de Alzheimer

Um remédio para câncer de pele apresentou resultados promissores no tratamento de camundongos geneticamente modificados para desenvolver uma forma de Alzheimer. Em poucos dias, os roedores recuperaram habilidades cognitivas, sociais e olfativas comprometidas pela doença. O Alzheimer está associado ao acúmulo da proteína beta-amiloide nas células nervosas, especialmente nos neurônios responsáveis pela memória.

Na realidade, todas as pessoas produzem essa proteína, que costuma ser quebrada por processos bioquímicos. Em pacientes com a doença, no entanto, uma forma anômala da proteína beta-amiloide não sofre nenhuma degradação e acaba se acumulando no cérebro.

Muitos especialistas acreditam que esse acúmulo é tóxico para o sistema nervoso e acarreta a morte de inúmeras células – um processo progressivo e, em boa medida, irreversível. No cérebro de uma pessoa com Alzheimer, a proteína beta-amilóide forma as chamadas placas senis, descobertas pelo psiquiatra Alois Alzheimer em 1906, no cérebro da primeira paciente diagnosticada com a doença: a alemã Auguste Deter.

O estudo, divulgado ontem na versão online da revista Science, mostrou que o bexaroteno – um remédio oncológico aprovado há mais de uma década pelo FDA, agência americana de vigilância sanitária – atua diminuindo, de forma indireta, o acúmulo de proteína beta-amiloide. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AE

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