Medicina do trabalho debate o avanço da Dort

Os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort) já estão entre os principais problemas mundiais na área de saúde. Com a informática, o sistema de trabalho mudou radicalmente, com as pessoas ficando mais tempo em uma única posição: em pé ou sentadas operando computadores. Devido a isso, os casos de tendinites, lombalgias, entre outros males, não param de crescer.

Segundo o médico do trabalho Wasni Esqueiro Júnior, que participa da segunda edição do Congresso Nacional de Fisioterapia do Trabalho (Fisiotrab), realizado no Bourbon Hotel, em Curitiba, 98% dos casos encaminhados pelo INSS dizem respeito à Dort.

Os mais atingidos são os bancário, os trabalhadores da indústria metalúrgica, os jornalistas e outros profissionais que passam grande parte do dia em frente ao computador. O problema costuma ser mais comum em mulheres. “São mais suscetíveis devido a questões hormonais e comportamentais”, explica a fisioterapeuta e coordenadora do Fisiotrab, Lucy Mara Silva Baú. “Elas possuem fibras musculares mais frágeis e, na maioria das vezes, enfrentam dupla jornada de trabalho: fora e dentro de casa.”

Na maioria das vezes, o funcionário com sintomas de Dort precisa ser temporiariamente afastado do trabalho, mas como o problema de saúde não é visível, isso geralmente faz com que ele seja mal visto pelos patrões ou mesmo por seus companheiros. Nesses períodos, sintomas de depressão costumam ser bastante comuns. “Por falta de informação, muita gente passa a olhar a vítima de Dort com preconceito. Felizmente, as empresas já começam a entender o que o problema representa e buscar a prevenção”.

São formas de prevenir o mal a adoção de móveis e equipamentos ergonômicos no ambiente de serviço, fazer exercícios físicos e pausas durante a jornada de trabalho.

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