Medicina alternativa – Terapias para o corpo e para a alma

maissaude_fotocontrolmental.jpgCada vez mais, as pessoas estão recorrendo à chamada Medicina Alternativa e Complementar (MAC) em todo o mundo. O fenômeno, que é interpretado por alguns segmentos como um indício de que algo não vai bem com as práticas ortodoxas, é visto de um modo no Brasil e de outro na Europa, devido a questões culturais. Em cada país há um tipo de regulação e valor referente à MAC.

Embora a procura por essa alternativa venha crescendo em todo o mundo, ela ainda encontra algumas barreiras para se desenvolver mais fortemente. Até os anos 70s as terapias alternativas eram relacionadas a crendices ou práticas religiosas. Foi quando a acupuntura e a homeopatia ganharam maior status, contando inclusive com pesquisas científicas que indicavam sua eficácia. Até hoje a MAC encontra dificuldades para se estabelecer dentro do sistema tradicional de saúde. Isso se deve, em parte, ao preconceito e ao desconhecimento sobre essas práticas por parte de alguns representantes da medicina ortodoxa, que alegam principalmente que não há comprovação científica sobre a sua eficácia. Profissionais – médicos e não-médicos – que trabalham com esses conceitos rebatem a decisão do CFM com a alegação de que a maioria dessas terapias já vem sendo estudada, regulamentada e utilizada fora do país.

Apesar disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) defende a realização de pesquisas sobre a segurança e a eficácia dessas práticas, bem como o seu uso racional pelos pacientes e profissionais de saúde. O Brasil está praticamente no mesmo estágio dos demais países do mundo no que toca ao desenvolvimento da Medicina Alternativa e Complementar. Conheça algumas das terapias alternativas colocadas à disposição da população e as suas indicações.

Medicina ortomolecular

Desenvolvido em 1956, o conceito de medicina ortomolecular baseia-se na teoria de que espécies reativas de oxigênio (popularmente conhecidas como radicais livres) são responsáveis por um vasto leque de problemas causados ao organismo. A partir dessa teoria, os adeptos da medicina ortomolecular propõem o combate aos radicais livres por meio da ingestão de uma suplementação vitamínica e mineral completa. O efeito antioxidante dessa suplementação agiria na prevenção de doenças e retardaria o envelhecimento das células. De acordo com alguns cientistas, o conceito não deve ser visto como uma terapia alternativa ou algo que está à margem da medicina convencional, mas como parte integrante do processo terapêutico.

Terapia floral

Conceito desenvolvido pelo médico inglês Edward Bach que, entre 1930 e 1934, pesquisou 38 espécies de flores. O princípio da terapia é que as flores têm a propriedade de transmitir ou anular sentimentos negativos. A partir dessa proposição, os adeptos da terapia floral acreditam que com a utilização das essências florais é possível harmonizar o estado emocional e psicológico dos seres humanos. Ainda existe muito preconceito e falta de informação sobre os florais. Os adeptos da terapia não dizem que um floral é capaz de curar uma hepatite, porque hepatite se pega por vírus e não por mau humor, por exemplo. Mas, afirmam que não há como negar o efeito que o floral provoca no estado emocional das pessoas.

Iridologia

Diagnóstico das disfunções e alterações de órgãos e tecidos do corpo humano por meio do estudo da íris (parte colorida dos olhos) – essa é a proposta da iridologia, que surgiu há cerca de 200 anos, quando um médico húngaro notou um furo na íris de sua coruja de estimação, logo após ela ter feito um ferimento na pata. A partir de então ele se dedicou à pesquisa dessas ocorrências e estabeleceu a correlação entre as alterações na íris e a manifestação de problemas físicos nos seres humanos. Muitos acreditam que o diagnóstico é absolutamente confiável. Pessoas com problemas de colesterol alto, por exemplo, costumam apresentar um aro branco em volta da íris. Os tratamentos são baseados numa dieta natural e em remédios à base de plantas.

Fitoterapia

Talvez a "terapia alternativa" mais bem estabelecida e inserida na prática médica convencional, a fitoterapia tem como principal pilar o uso das plantas para curar diversas doenças. Os principais benefícios do uso de plantas no combate às doenças são a quase inexistência de contra-indicações e a grande variedade de princípios ativos de cada espécie. Assim uma mesma planta pode servir para curar vários tipos de enfermidades sem provocar efeitos colaterais. Um dos exemplos é a Euphorlia firucalli, também conhecida como aveloz. Venenosa em seu estado natural, a planta é utilizada como complemento no tratamento da aids, da leucemia e de vários tipos de câncer por sua propriedade de combater efeitos colaterais dos medicamentos.

Aromaterapia

Tratamento que se utiliza de aromas em forma de óleos essenciais de plantas, para eliminar problemas ligados ao estresse, dores musculares e reumáticas, disfunções menstruais e respiratórias, entre outras. Em 1920, o químico francês René Maurice Gattefossé percebeu que a alfazema curou rapidamente uma queimadura de sua mão e passou a pesquisar o assunto, disseminando-o para o resto do mundo. O uso desse método no processo terapêutico auxilia tanto no processo de cura de enfermidades quanto na sua prevenção.

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