Alternativa

Coletor menstrual é mais uma opção para as mulheres

Todo mês é a mesma coisa. Com a chegada da menstruação, as mulheres precisam recorrer ao uso de absorventes externos ou internos para poder continuar com suas atividades diárias sem passar por constrangimentos. Agora, além dos absorventes tradicionais, elas também contam com novidades nesta área, como o coletor menstrual, um dispositivo de uso interno que promete trazer praticidade, conforto e economia para as usuárias durante o período menstrual.

Feito com silicone de uso médico, o coletor se parece com uma espécie de “copinho”, que não absorve, mas coleta o sangue da menstruação diretamente no canal vaginal, onde ele é inserido (como um absorvente interno) e pode ficar por até 12 horas seguidas. Depois de cada utilização, ele é esvaziado, higienizado e pode ser reutilizado. E após o término de cada período, deve ser esterilizado, para poder ser usado no ciclo menstrual seguinte.

Divulgação
Parecido com um “copinho”, o coletor menstrual pode ser inserido facilmente pela própria usuária, assim como o absorvente interno.

De acordo com o médico ginecologista do Hospital Marcelino Champagnat Francisco Furtado Filho, os coletores menstruais podem ser uma alternativa para as mulheres que apresentam alergias ou irritações locais com o uso de absorventes internos ou externos ou que não se adaptam com os mesmos por outro motivo. “Os coletores menstruais são de fácil inserção pela própria usuária e são encontrados em dois tamanhos, de 25 ml e de 30 ml, durando, em média, cinco anos. Os menores são indicados para as mulheres que ainda não tiveram filhos ou que tenham fluxo menstrual pequeno ou moderado e o maior para as mulheres que já tiveram filhos ou com fluxo menstrual maior”, explica.

O coletor menstrual pode ser usado por todas as mulheres, inclusive durante o sono e práticas esportivas, como yoga e natação. E segundo Furtado Filho, a utilização do coletor não oferece riscos para a saúde da mulher, desde que respeitado os cuidados e armazenamento adequados. “Desta forma, evitam-se os riscos de contaminação e eventuais infecções ginecológicas urinárias”, explica o médico.

Apesar de causar estranhamento e um certo “nojo” entre algumas mulheres, pelo possível contato com o sangue menstrual, uma pesquisa recente, feita pela Central Solutio, fabricante do coletor Inciclo, mostra um índice de satisfação do produto de 92%. Entre as usuárias, 86% avaliaram o uso do coletor como “melhor” em relação ao produto que usavam anteriormente.

Em busca de praticidade

Para a bailarina Renata Roel, de 29 anos, o coletor menstrual se revelou uma boa opção de proteção para “aqueles dias”. “Usei o coletor menstrual por um ano e me adaptei muito bem. Com ele, pude conhecer melhor o meu corpo e entender a real intensidade do meu fluxo menstrual. Durante o uso, não tive problemas para colocar ou com vazamentos, que podem ocorrer se ele não for bem inserido”.

Atraída pela praticidade e apelo ecológico do produto (veja mais informações no topo da página), Renata conta que gostou de utilizá-lo, principalmente durante suas apresentações. “Como sou bailarina, preciso ter segurança e conforto para dançar. Com o coletor, consegui o que buscava. E o fato de ser mais sustentável e não produzir lixo o torna ainda mais interessante”.

E o produto, apesar de ainda pouco conhecido, vem conquistando mais usuárias no Brasil. “Trata-se de uma escolha cada vez mais co,mum entre as brasileiras que buscam alternativas mais ecológicas, hipoalergênicas, proteção por maior tempo ou simplesmente economia sem abrir mão de praticidade e conforto”, afirma a presidente da Central Solutio, Mariana Betioli.

Para Furtado Filho, a pouca popularidade do produto pode estar atribuída à dificuldade para a compra. “Toda novidade precisa de tempo para a quebra de paradigmas e aspectos culturais. Mas talvez a dificuldade maior no consumo deste produto pelas mulheres esteja na divulgação e na facilidade de adquiri-lo, já que a aquisição funciona apenas através de sites na internet e não no varejo, ao contrário dos absorventes, que são vendidos em supermercados e farmácias”. Na internet, entre as marcas disponíveis, o produto tem um preço médio de R$ 70.

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