Doença de princesa

Saiba mais sobre a doença que atinge até Kate Middleton

Durante a gravidez, o corpo da mulher sofre várias alterações físicas e hormonais. Em função delas, é normal surgirem náuseas, enjoos e vômitos, entre outros desconfortos, que variam de intensidade de uma gestante para outra e também de acordo com a fase da gestação em que elas se encontram. Só que em alguns casos, esses sintomas podem ser tão intensos e frequentes que levam a mulher a um quadro conhecido como hiperêmese gravídica, como no caso da duquesa de Cambridge Kate Middleton.

Em 2012, durante a gestação de George, seu primeiro filho com o Príncipe William do Reino Unido, ela já tinha passado por este problema, sendo até internada para tratar a doença. Agora, na segunda gravidez, segundo a imprensa internacional, ela estaria sofrendo novamente com os sintomas da hiperêmese gravídica, sofrendo com vômitos e mal-estar frequentes, o que teria impedido a duquesa de participar de alguns compromissos oficiais da família real. Desta vez, no entanto, o tratamento estaria sendo feito no próprio Palácio de Kensigton, que é onde ela mora com William.

Segundo o médico ginecologista do Hospital Pilar Vicente Letti Junior, a hiperêmese gravídica é uma doença pouco comum, que afeta apenas cerca de 1% das gestantes. Mas seus sintomas podem tornar a gravidez muito difícil para a mulher. “Quem tem hiperêmese gravídica apresenta vômitos em excesso, muitas vezes por dia. Nestes casos, que são mais comuns na primeira gestação ou na gravidez de gêmeos, a gestante pode emagrecer muito, perdendo mais de 5% de seu peso corporal, e até ficar desidratada, sendo necessário o internamento e o uso de soro para estabilizá-la”.

Segundo o médico, na gravidez, os vômitos acontecem por motivos diferentes. “No início da gestação, eles são provocados pelos distúrbios metabólicos causados pelos hormônios. No fim da gravidez, acontecem pela compressão que o estômago e esôfago sofrem com a presença do bebê”. Já na hiperêmese gravídica, os vômitos são causados por vários fatores, como gravidez múltipla (quanto mais bebês e placenta, maior a quantidade de gonadotrofina coriônica humana, o hormônio HCG), estado emocional e pressão familiar ou social, como pode ser o caso da duquesa.

Lidando com o problema

Apesar de não ter o diagnóstico de hiperêmese gravídica, os enjoos e vômitos têm feito parte da rotina da assessora de imprensa Cíntia Mazzaro, de 31 anos. “No início, não sabia como lidar com a situação, tinha muita ânsia, vômitos pela manhã e o cheiro de comida me fazia muito mal. Cheguei a ficar dias inteiros de cama, sem conseguir reagir e, em uma situação, cheguei a ir para o hospital”, conta.

Hoje, aos quatro meses e meio de gravidez, ela já se sente um pouco melhor, mas os sintomas não desapareceram por completo. “Atualmente, os enjoos não são tão fortes, mas continuam. Tomo remédio todos os dias e evito comidas pesadas. Andar de carro também é um problema. Como passo mal todas as manhãs, muitas vezes, tenho que esperar o enjoo passar para ir trabalhar, já que o balanço do carro agrava o desconforto”. Para amenizar o problema, ela tem feito uso de medicamentos sob prescrição de sua médica, que também a orientou a ter uma alimentação mais saudável.

Outra gestante que sofre com enjoos e vômitos é a contato comercial Viviane Matioli, 23. “Os enjoos começaram nas primeiras semanas e foram bem fortes a partir do segundo mês. Muitos vômitos, mal-estar, pressão baixa. Como eu vomitava a qualquer movimento, quase cheguei a entrar em depressão, por não poder fazer nada e ter ficar deitada”. Nesta época, Viviane precisou ficar dois meses na cama, sem forças até mesmo para tomar banho sozinha.

Prevenção e tratamento
Para prevenir e amenizar os sintomas, Letti Junior recomenda que as gestantes façam refeições fracionadas com menor quantidade de comida da cada vez, optem por alimentos gelados, evitem alimentos gordurosos e refrigerantes, longos períodos em jejum e procurem orientação médica, para que o obstetra, se necessário, receite alguns medicamentos para controlar os sintomas. “Independente se princesa ou plebeia, todas as mulheres precisam fazer o pré-natal. Nas consultas, é possível resolver esses problemas e ainda detectar e tratar outras doenças mais graves”, orienta.

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