Sem dieta!

Cuidar da alimentação na gravidez é ótimo para evitar problemas

Para que mamães e bebês passem pelos noves meses de gestação de forma saudável, alguns cuidados devem ser tomados. Além de seguir com as consultas e exames do pré-
natal, as gestantes também precisam manter hábitos saudáveis, como praticar exercícios físicos e cuidar da alimentação. Assim, elas garantem o desenvolvimento de seus bebês, afastam o risco de doenças gestacionais provocadas pelo sobrepeso, e também, depois do parto, ficam mais próximas do peso que tinham antes de engravidar.

Mas quando o assunto é alimentação, nesta fase, nem todas as mães acertam. Algumas acabam exagerando, acreditando que, por estarem grávidas, podem comer o dobro, por dois. Já outras, por medo de engordar além da conta, restringem de maneira excessiva as calorias ingeridas. Então, como uma gestante deve se alimentar? Quem responde esta pergunta é o ginecologista e obstetra do Hospital Santa Brígida José Marcos: “A mulher grávida deve seguir estritamente o que seu obstetra recomenda, comendo de maneira normal, mas com moderação, para engordar no máximo entre nove e 12 quilos durante toda a gestação”.

Segundo o obstetra, comer demais ou fazer regime durante a gravidez pode ser perigoso para a mãe e seu filho. “Se ela comer muito e engordar, aumentam os riscos de doenças como eclâmpsia, hipertensão, trombose e até de parto prematuro. Já se optar em não comer adequadamente, visando manter algum padrão estético, ela e o feto podem ficar subnutridos, o que pode atrapalhar o crescimento e desenvolvimento da criança”.

Marcos lembra que o ideal é fazer seis refeições por dia, caprichando no café da manhã e diminuindo a quantidade dos alimentos ao longo do dia, chegando ao jantar com uma refeição leve. “Ela não precisa se privar de nada e nem passar vontade. Mas tem que aprender a comer com moderação. Seguindo as recomendações médicas, provavelmente já durante a amamentação ela voltará ao seu peso anterior”.

Em sua segunda gestação, a policial militar Cristiane Lins de Andrade de Matos, de 24 anos, está no grupo das gestantes que cuidam da alimentação. “Como de tudo, mas dou preferência a sucos, frutas e legumes para ficar bem alimentada e evitar a azia”. Ela conta que segue o que seu médico orienta e, para não sair do peso, evita sempre alimentos gordurosos, como frituras, lanches e pizzas. E até seus “desejos” têm fruta na composição. “Meu desejo mais frequente tem sido maçã-do-amor, mas por ser um doce, não como sempre”. Seguindo com a alimentação balanceada, ela acredita que ao final desta gestação, assim como na anterior, terá engordado somente os cerca de dez quilos recomendados.

Receita da saúde

A nutricionista Eliane Tagliari reforça o alerta para os perigos dos regimes durante a gestação. “Fazer dieta visando o emagrecimento durante a gravidez é muito perigoso, porque a falta de nutrientes essenciais pode comprometer o desenvolvimento do feto, principalmente no cérebro, trazendo risco de má formação fetal, além de aumentar as chances de eles desenvolverem diabetes na infância ou na fase adulta. Na mãe, a falta de vitaminas pode aumentar os riscos de pressão alta na gravidez”.

Desta forma, Eliane recomenda que as gestantes sigam uma dieta rica em fitoquimícos, minerais e vitaminas, presentes em legumes, frutas e vegetais, se possível orgânicos. “Além deles, é preciso ter uma boa fonte de proteína animal, como carnes magras, frango e ovos orgânicos e também ingerir pelo menos 2 litros de água por dia, pois quanto maior a hidratação, menor é o ganho de gordura corporal”.

Já os alimentos que d,evem ser evitados são os processados, ricos em sódio, refrigerantes, bebidas alcoólicas, adoçantes e corantes artificiais, alimentos com alto índice glicêmico (farinhas brancas, doces, bolos e sorvetes) e aqueles cuja procedência não seja segura (ostras e mariscos, carne crua) devido ao alto risco de infecções e complicações fetais que podem provocar.

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