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Como está o seu colchão? Veja dicas para escolher o ideal

Uma boa noite de sono é fundamental para que, durante o dia, nosso organismo tenha energia para realizar todas as atividades cotidianas. Mas, para conseguir dormir bem e ter uma noite agradável, precisamos cuidar de vários detalhes relacionados ao ambiente do quarto e aos hábitos que temos antes de ir para a cama. Entre estes cuidados, um que merece atenção especial é a escolha do colchão e do travesseiro, que, se adequados, proporcionam conforto e o verdadeiro repouso que o corpo tanto necessita.

Na hora de comprar um colchão, entre as diversas opções disponíveis no mercado, é preciso considerar o tamanho do colchão e a indicação para cada biótipo físico, como explica o gerente de produtos da Camaleão Colchões, Diego Muller Milani. “Para escolher o colchão ideal, a pessoa precisa levar em conta o seu peso, a qualidade do produto e, principalmente, seu gosto pessoal. Na loja, a dica é deitar para verificar se sente confortável, só sentar no colchão não adianta”.

Entre os modelos à venda, apesar de algumas variações, a maioria se divide em dois grupos principais: de espuma ou de mola. Os primeiros são os modelos mais tradicionais – nestes, quanto maior a densidade, maior a firmeza e a capacidade de peso que podem suportar. “O colchão de densidade D33, por exemplo, consegue suportar até 33 quilos por metro cúbico, sendo indicado para pessoas com até 90 quilos em média”.

Já os de molas, sejam eles bonnel (modelo simples com molas interligadas), pocket (molas ensacadas individualmente) ou superlastic ou miracoil (mais firmes e resistentes), são produzidos com molas de aço e também apresentam indicação de acordo com o peso corporal de cada pessoa. “Colchões bonnel aguentam até 90 quilos por pessoa, molas pocket podem suportar até 120 quilos e superlastic são indicados para até 150 quilos por pessoa”, diz Milani.

Ainda em relação ao peso, ele explica que quando o colchão é para um casal, o tipo físico de ambos precisa ser levado em consideração, pois se o colchão não for adequado e se houver uma grande diferença de peso entre os dois, pode haver desconforto para dormir. “Em um colchão inadequado, a pessoa mais pesada pode ter dificuldades de movimentação e fazer com que a mais leve acabe pendendo para o lado do outro da cama”, explica.

Apesar destes cuidados, segundo médico ortopedista Sergio Mulinari, do Hospital Nossa Senhora das Graças, não existe uma recomendação específica da Sociedade Brasileira de Ortopedia em relação aos colchões. “A dúvida sobre o colchão ideal é frequente nos consultórios, mas a resposta definitiva sobre a questão não existe. O melhor colchão é aquele em que a pessoa se sente confortável, onde consegue ter um sono tranquilo. A indicação é procurar produtos de qualidade que atendam ao seu gosto pessoal”.

E o travesseiro?

O travesseiro é outro companheiro inseparável de quem gosta de dormir bem. Se bem escolhido, seguindo a posição como a pessoa gosta de dormir, o travesseiro pode evitar dores e desconfortos na região do pescoço e cabeça. Para Mulinari, o travesseiro muda de acordo com as necessidade de cada um. “Quem tem refluxo pode dormir com um travesseiro mais alto que também dê suporte para os ombros. Quem dorme de barriga para cima pode utilizar um modelo mais baixo”, orienta o médico.

Mas, segundo o médico, quem dorme de lado submete ao corpo a uma menor pressão nas articulações. “Esta posição costuma ser a mais indicada, pois preserva o alinhamento da coluna e as articulações. Neste caso, o travesseiro deve ter a altura equivalente a medida da distância entre a cabeça e o ombro da pessoa. Para ficar ainda mais, confortável, é possível usar um travesseiro entre as pernas”.

Nas lojas, de acordo com Milani é possível encontrar travesseiros produzidos com látex, viscoelástico, fibras, penas e espuma flocada. Segundo ele, os de látex são os mais ergonômicos e antialérgicos. Mas mesmo o melhor travesseiro precisa ser trocado com frequência. Os fabricantes afirmam que é possível utilizar o produto por cinco anos, mas para os médicos, a troca deve ser feita a cada dois anos, devido ao acúmulo de ácaros e microrganismos.

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