Terapias alternativas são boas opões de tratamento

A busca por mais saúde, bem-estar e qualidade de vida tem levado a uma maior adesão às chamadas terapias complementares ou alternativas, que ajudam no relaxamento, no combate de sintomas de doenças e em outros tipos de tratamentos, tanto físicos quanto emocionais. A mulher interessada encontra uma série de opções de terapias, desde massagens até a hipnose. A escolha deve levar em conta os objetivos que pretende alcançar e a técnica com a qual se sente mais à vontade.

A presidente do Sindicato dos Terapeutas Alternativos do Estado do Paraná, Roseli Gonçalves, cita a hipnose, a cromoterapia, o reike, o shiatsu, a constelação familiar, a acupuntura e a regressão como as terapias complementares mais procuradas hoje em dia (veja quadro). “As pessoas têm buscado cada vez mais as terapias alternativas porque estão carentes de saúde, do seu eu interior e de atenção”, explica. De acordo com ela, a terapia pode ser aplicada em conjunto com outros tratamentos.

Prova de que as pessoas estão procurando mais as terapias complementares está no crescimento da rede do Centro de Shiatsu Tereza Zanchi, criado há dez anos e que já conta com dez unidades em Curitiba, incluindo dois spas. A empresa foi desenvolvida pela massoterapeuta Tereza Zanchi, que tem 25 anos de experiência e que resolveu inicialmente abrir um centro de bem-estar em um shopping center.

“Quando comecei, atendia muito basicamente por indicação. Não existia esse conceito de bem-estar como hoje. Ou as pessoas não eram tão estressadas ou não percebiam isso. Desde que eu comecei, a busca era diferente. Quando abri no shopping, ninguém sabia o que era shiatsu. Acabamos mostrando que era possível relaxar, mesmo dentro de um shopping, e com a facilidade da operação, das 10h às 22h e aos fins de semana”, conta Tereza.

A técnica de shiatsu desenvolvida por ela incorpora a massagem milenar – criada na China e desenvolvida no Japão – juntamente com relaxamento. “A palavra shiatsu significa pressão com os dedos. São pressionados os meridianos do corpo. Trouxemos a técnica de relaxamento junto. As pessoas não queriam apenas a pressão, mas também o relaxamento”, comenta Tereza. A massoterapeuta explica que este tipo de massagem trabalha questões físicas e emocionais ao mesmo tempo.

Outra técnica que desperta curiosidade e que cada vez mais atrai interessados e interessadas é a hipnose, que provoca uma alteração do estado de consciência com a diminuição da capacidade crítica do cérebro. Com isto, a mente aceita programações positivas. Com a ajuda do terapeuta, é possível mergulhar dentro de si mesmo, aprendendo a voltar-se para dentro das próprias emoções. “A hipnose pode trabalhar com traumas, fobias e transtornos de ansiedade. Também pode ser aplicada em parceria com os trabalhos da psicologia e da medicina”, esclarece o terapeuta complementar Luiz Eduardo Xavier.

“Tudo acontece por meio de sugestões positivas. A hipnose atua nas redes neurais e é possível reprogramar o gatilho que faz aparecer sensações, como o pânico quando uma pessoa encontra cachorro”, exemplifica Xavier. A hipnose tem sido aplicada em diversas frentes, inclusive no emagrecimento, com uma técnica que simula a colocação de um balão gástrico, fazendo com que a pessoa tenha saciedade.

Elizabete Almeida da Silva, de 32 anos, passou pela hipnose para ajudar no tratamento da fibromialgia e da bipolaridade. “Tinha estes diagnósticos e estava grávida. Os medicamentos ofereciam risco para a criança e eu tinha como opção abandonar a medicação. Era uma gravidez que eu queria muito e os médicos faziam pressão para que eu continuasse com o medicamento porque eu poderia ter crises”, relata.

Pesquisando alternativas para o caso dela, Elizabete encontrou a hipnose. “A pessoa tem que estar disposta. Comigo, os resultados foram ótimos. Eu me livrei desta depe,ndência dos remédios. Tinha crises em que eu ficava 40 dias na cama e nunca mais eu tive nada. Se eu pudesse, faria tudo por hipnose. Hoje eu consigo resolver meus problemas sem precisar de medicamento e sem ter crises”, afirma.

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