Mulheres: em busca de uma eterna pele de bebê

Que mulher não sonha com uma pele impecável, mesmo com o passar do tempo? Se na maioria dos casos a preocupação só aparece próximo aos 20 anos de idade, faixa etária para a qual o mercado já começa a oferecer produtos anti-idade, os dermatologistas alertam que os cuidados devem ter início muito antes, ainda na infância, e se estender até o fim da vida. “O mais importante para a prevenção do envelhecimento é a proteção solar em qualquer época do ano e em qualquer idade”, reforça a dermatologista Kátia Sheylla Malta Purim.

O cuidado deve ter início a partir dos seis meses de idade, com o uso de protetor solar específico para bebês e crianças. Caso contrário, os danos vão se acumulando por toda a vida devido à exposição solar e trazem prejuízos para a saúde da pele, como explica a dermatologista Deborah de Torre. “O sol promove manchas, rugas, aumenta a destruição do colágeno, que é uma estrutura da derme responsável pela sustentação, firmeza e elasticidade”, afirma.

Uma vez conhecido o principal fator de envelhecimento da pele, o ideal é manter uma rotina de cuidados. Entre os procedimentos mais indicados estão a hidratação e a limpeza regular, sem contar tratamentos específicos que combatem acnes, manchas e rugas. Porém, não existe uma idade específica para intensificar os cuidados e o tratamento depende de cada tipo de pele.

“É sempre importante contar com a orientação de um profissional. Tudo depende da avaliação do tipo de pele, pois alguns produtos podem, por exemplo, piorar a oleosidade ou criar uma alergia”, destaca Deborah. Esta orientação vale desde a escolha do creme hidratante até o início da aplicação da toxina botulínica, o conhecido botox.

Tratamentos

Em geral, os tratamentos começam na adolescência, para combater a acne, o que também não está descartado na idade adulta, exigindo o uso de cremes e até mesmo antibióticos. O avanço da idade também faz com que haja interesse pela remodelação e aumento do colágeno. De acordo com o coordenador da Sociedade Brasileira de Medicina Estética (SBME) no Paraná, Afrânio Lamy Spolador, isso pode ser feito por meio de um “procedimento que eleva a temperatura de uma das camadas mais profundas da pele, sem que haja queimadura”.

Também podem ser utilizadas correntes russas faciais, laser e até a introdução de CO2 medicinal. “Existem ainda substâncias injetáveis, como os ácidos hialurônicos e o hidróxido de apatita, que podem recuperar a perda da parte da gordura facial, diminuição óssea e flacidez dos tecidos. Eles exigem a atenção de profissionais capacitados para sua utilização”, alerta.

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