Matemática do guarda-roupa: Conheça a ciência do estilo

Quer ficar na moda, ter um estilo próprio e ainda controlar as economias? Então é bom conhecer a ciência do estilo.

Ela é constituída de uma série de variáveis, como a idade, a profissão, a intenção e a imagem que se quer formar e passar adiante.

Por exemplo, mulheres de áreas corporativas, advogadas e empresárias muitas vezes precisam se destacar pela competência e habilidades profissionais muito mais do que pelo guarda-roupa criativo. Para elas, o estilo clássico (que aqui não é sinônimo de antiquado) somado a pitadas contemporâneas mais acessórios caprichados garantem respeito e reconhecimento.

Já as mulheres que atuam em setores de criação ou em áreas ligadas à moda e artes podem ultrapassar limites e investir em peças ousadas, irreverentes e cheias de mensagens subliminares. Por exemplo, optar por roupas de estilistas ou bijuterias de designers que são conhecidos apenas no seu meio vai indicar que suas antenas estão em fina sintonia.

Só que o reconhecimento dessas variáveis não basta. Porque a construção do estilo também depende da superação do momento crítico do uso da moda, que é a hora das compras.

Esse momento, que para muitas pode lembrar um buraco negro que suga todas as economias e desaparece com elas, já que as roupas nunca são usadas, pode se tornar mais agradável e frutífero quando é seguido de um plano. Uma estratégia, mesmo.

Que até pode ser iniciada nessas perguntas: o que comprar, onde comprar e quanto gastar. Porque se deixar levar pelo impulso, simplesmente comprando o que está em oferta pode resultar em mais entulho dentro do armário…

A professora do curso de Moda da Faculdade Santa Marcelina e consultora de moda e imagem, Andréia Miron, explica que existe, sim, uma receita que garante o sucesso e o estilo. E ela é matemática.

“75% do guarda-roupa deve ser composto por peças básicas; os outros 25% são reservados às peças e acessórios que garantem o toque pessoal da mulher e aos modismos”.

Os 75% de básicos incluem calças de alfaiataria, jeans reto, blazers, saias evasê e lápis, camisas, vestidos tubo e evasê, casacos do tipo parka e treanch-coat. Tudo em cores também básicas, ou mais conhecidas como neutras: preto, branco, bege, cinza, marrom, azul-marinho e verde oliva.

Os 25% da criatividade incluem peças exuberantes e divertidas, modismos, peças datadas, sapatos e acessórios em formas, cores ou estampas inusitadas, malharias e tricôs.

Saber misturá-los é que definirá o estilo.

“Na hora das compras, sempre se deve buscar peças básicas de qualidade, independente do preço. O ideal é que elas tenham uma vida bastante longa”, ensina Andréia.

“Já a compra dos modismos deve ser acompanhada do seguinte raciocínio: se a tendência tem vida curta, é melhor comprar varias peças a preços baixos; mas se a tendência é duradoura, como o trench-coat que está em alta nessa estação, é melhor aproveitar a grande oferta de unidades, modelos e cores e comprar um que tenha qualidade”, completa.

Receita de sucesso

Quem quiser aproveitar as tendências para adquirir peças duradouras pode apostar nessa quadra, sugerida pela professora Andréia Miron:

– calça de prega com cintura elevada, mas só para quem é alta (as pregas não favorecem as baixinhas);

– camisas, casacos e vestidos com gola tartaruga, que é aquela gola redonda e alta, mas que não é justa;

– calças com cintura elevada, não alta. Ou seja, calças na cintura ou pouco abaixo do umbigo. Esses modelos que ficam acima do umbigo são modismos;

– peças da alfaiataria masculina, como as já mencionadas calças, mas também coletes, paletós, blazers, camisas, sapatos Oxford.