Caçado em campo

Pachequinho era a alegria da torcida, mas alvo de botinadas

Enquanto muitos jogadores veteranos ainda correm atrás da bola em várias competições na várzea curitibana, para matar a saudade dos velhos tempos ou apenas para manter a forma, Pachequinho, que foi artilheiro do Campeonato Paranaense na temporada de 1995 e cansou de fazer gols por este Brasil afora, se limita a outros tipos de esportes, como a natação que não agride tanto o corpo. “Não é que eu não posso jogar. Poder eu posso, mas no dia seguinte meu joelho está maior que uma bola de futebol. Por isso, por recomendação médica, eu não posso jogar bola. Na verdade o médico proibiu. Eu tenho artrose crônica”, conta ele. Os seus números no futebol poderiam ser mais expressivos não fossem as cinco cirurgias pelas quais passou. “Foram quatro no joelho direito e uma no joelho esquerdo”, conta ele.

O ex-atacante olha a perna e confessa: “Quer saber de uma coisa? Eu ainda sofro com isso”. Talvez pelo seu estilo atrevido, talvez pelo seu biotipo, o certo é que ele sofreu contusões que o levaram para o Departamento Médico mais vezes do que ele, a torcida e o time gostariam. Ele era um jogador caçado em campo, por ser habilidoso e referência principal no ataque de um Coritiba numa safra escassa craques nos anos 90.