A Ford é a terceira marca no país a adotar o motor 1.0 com três cilindros e turbocompressor. Mas, ao contrário do que fez a Volkswagen com o up! 1.0 TSI e a Hyundai, com o HB20 1.0 Turbo, a fabricante norte-americana decidiu turbinar o seu hatch compacto intermediário Fiesta, e não o modelo de entrada (no caso o Ka) como fizeram os rivais.
Além disso, posicionou a novidade como topo de linha, com preço inicial de R$ 71.990, ou apenas R$ 500 a menos que o hatch médio Focus 1.6 SE (R$ 72.490). Resta saber se essa estratégia terá uma resposta favorável do consumidor, pois dependerá dela para que a Ford estenda o novo propulsor ao Ka e ao EcoSport.
O 1.0 EcoBoost com três cilindros desembarca a partir de julho no Fiesta com credenciais de sucesso no mercado externo. Na Europa, acaba de ser eleito pela quinta vez o “Motor Internacional do Ano”, com votação da imprensa automotiva mundial. No Velho Continente, o bloco equipa um em cada cinco carros da Ford.
No mercado brasileiro, ele ganhará também o título de ‘o mais forte da categoria’, superando com folga as outras opções 1.0 turbo no país. Ele rende 125 cavalos e 17,3 kgfm na gasolina (importado da Romênia, não terá opção flex), superandos os 101/105 cv e 16,7 kgfm (gasolina/ etanol) do up! TSI e os 98/ 105 cv e 13,8 e 15,0 kgfm (g/e) do HB20 turbo, ambos bicombustíveis.
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O 1.0 EcoBoost está associado ao câmbio automatizado Powershift, de seis marchas e dupla embreagem, que atualmente gerencia o 1.6 Sigma de 4 cilindros, com 125/ 130 cv e 15,4/ 16,0 kgfm.
A partir desta linha 2017, a marca deixará de vender no varejo (somente frotistas) a configuração 1.5 Sigma flex, de 107/ 112 cv e 14,9/ 15 kgfm. A configuração respondia por 40% do mix de vendas do modelo e o preço ‘mais acessível’ canibalizava o Ka. A partir de agora, as concessionárias oferecerão como versão de entrada a SE 1.6 manual, de R$ 51.990.
A pré-venda do Fiesta 1.0 EcoBoost começou na última quinta-feira, com chegada às concessionárias na segunda quinzena de julho.
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Diversão e economia
O 1.0 EcoBoost deixa Fiesta 20% mais rápido do que se equipado com o 1.6 Sigma. O turbo leva o hatch da inércia aos 100 km/h em 9,6 segundos, enquanto o 1.6 cumpre a mesma missão em 12,1 s no câmbio automatizado de dupla embreagem.
Durante o test-drive por rodovias de São Paulo e na pista de corrida Velo Cittá, em Mogi Guaçu, a diversão proporcionada pelo EcoBoost é o ponto alto ao volante. A resposta de aceleração é imediata, já que o torque demora apenas 1,5 segundo para sair de 50% e chegar até 90%, isso a 1.500 rpm, eliminando o fenômeno conhecido como ‘turbo lag’ (tempo que a turbina leva para entrar em operação). Ultrapassagens e retomadas são feitas com maior tranquilidade.
O bloco pode ser até 20% mais econômico e reduz em até 15% as emissões de gás carbônico.
Na medição do Inmetro, o motor obteve consumo médio de 12,2 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada, com gasolina, índices que o colocam entre os 20 carros mais econômicos do país. Desempenho abaixo do 1.0 TSI do up! – 13,8 km/l na cidade e 16,3 km/l na estrada – e superior ao HB20 1.0 Turbo – 11,6/ 14,3 km/l (cidade/estrada).
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O jornalista viajou a convite da Ford