Magnum SXT para a polícia americana

Com um histórico respeitável e tradicional, a série de motores HEMI voltou aos produtos Chrysler-Dodge. Cinqüenta anos após ter surgido, o HEMI retorna com uma configuração mais compacta, leve e eficiente. Pelo menos, no que diz respeito ao consumo de combustível.

Deslocando 5.7 litros, o novo HEMI produz 59,64 hp/litro, potência apenas razoável, abaixo da média atual (70 hp/litro, encontrada no V6 3.5 litros da marca), e 9,50 kgfm de torque por litro, um dado interessante. Mas, os números não impressionam se comparados a algumas versões HEMI produzidas nos anos 1960-70. Proporcionalmente, descartado o consumo de combustível, o ganho em eficiência não chegou a 6%.

Para os homens da lei, mantenedores da paz rodoviária e ordem urbana, a Dodge preparou uma versão especial da “station wagon” Magnum SXT, com motor V8 HEMI e câmbio seqüencial automático de cinco velocidades com programa especial para as trocas. Entre as vantagens se destaca a tração traseira e toda aquela série de sistemas eletrônicos (ESP, controle de tração…) capaz de assegurar mais estabilidade e controle ao automóvel.

Vale lembrar, isso é para os que se perguntam sobre a possibilidade de câmbio manual, que os oficiais da lei precisam ter ao menos uma das mãos livres para a “artilharia”. Outra vantagem é o sistema de corte automático da ignição e injeção de até quatro dos oito cilindros, chamado pela empresa Sistema de Múltipla Capacidade Cúbica (MDS). O MDS funciona sob demanda e é o maior responsável pela redução de consumo. Como desvantagem para o desempenho do automóvel há o seu próprio peso, mais de 1.500 kg.

Enfim, o Magnum SXT HEMI deverá ser respeitado pelos companheiros de estrada muito mais pela tradição que por seu desempenho. Sem menosprezar o Magnum ou a nova edição do HEMI, o que a polícia americana e européia precisam é de carros com o desempenho de Viper, Corvette e BMW M5 (agora V10), capazes de impor a ordem a Porsches, Lamborghinis e Ferraris, entre outros.

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