Seminovos

Abrir mão do ‘cheirinho de novo’ também é bom negócio

Os consumidores que têm R$ 30 mil no bolso e pensam em realizar o sonho de comprar ou trocar de carro têm opções que vão além dos zero quilômetro. Nesta faixa de preço, as possibilidades entre os novos em folha são limitadas aos hatches de entrada e com poucos itens de série, como as versões 1.0 do VW up! duas portas (R$ 30,1 mil) e do Chevrolet Celta (R$ 31,9 mil), além da versão 1.4 do Fiat Uno Way (R$ 34 mil).

Já entre os sedãs, há alguns modelos ‘pelados’ nessa média de preço, como o Chevrolet Classic e o Renault Logan. Mas para descolar um carro mais equipado, o consumidor deve abrir mão do ‘cheirinho de novo’, da garantia de fábrica e até das gerações atuais para mergulhar de cabeça no mercado dos seminovos, com até quatro anos de uso.

Neste mundo, o motorista encontra modelos de diversos segmentos com motores potentes e uma maior oferta de equipamentos. De acordo com a tabela Fipe, com R$ 30.224 já dá para pôr na garagem um modelo 2011 do Chevrolet Astra Advantage 2.0 Flex Power. O hatch premium, que saiu de linha há pouco tempo, desenvolve 140 cv de potência e é equipado com airbags frontais, ar-condicionado digital, piloto automático, direção hidráulica, apoio lombar para o banco do motorista e faróis de neblina. Com R$ 2 mil a mais, é possível encontrar o mesmo carro com câmbio automático de quatro marchas.

Para quem deseja ter um sedã, uma opção é o Peugeot 307 Presence 1.6 ano 2011, que pela tabela Fipe custa R$ 30.301. Com um porta-malas de 520 litros de capacidade, o carro tem entre os itens de série airbags dianteiros, freios ABS, ar-condicionado, travas e vidros elétricos, sistema de som com CD Player e MP3, computador de bordo, faróis de neblina e teto solar. Para as famílias que precisam de mais espaço, há o Citroën Xsara Picasso Exclusive 1.6 2011. Com 1,66 metro de altura, 2,76 m de entre-eixos e porta-malas de 550 litros, o ele possui airbags frontais, freios ABS, ar-condicionado, travas e vidros elétricos, computador de bordo e faróis de neblina, tudo isso ao custo de R$ 33.034.

Os compradores que preferirem os utilitários têm entre as opções a picape Fiat Strada Adventure Locker 1.8 ano 2010, com cabine estendida (R$ 32.524). Com um potente motor que desenvolve 114 cv e 18,5 kgfm de torque, o carro tem uma lista de equipamentos de série que inclui computador de bordo, faróis de neblina dianteiros, direção hidráulica assistida, ar-condicionado e vidros elétricos.

Versão de luxo

Na faixa dos R$ 30 mil também é possível colocar na garagem um carrão importado. Mas neste caso o consumidor precisar estar disposto a gastar mais com manutenção e escolher um modelo usado. O Ford Fusion SEL 2.3 automático 2006, por exemplo, sai por R$ 33.882, segundo a Fipe. Além de generosos 162 cavalos de potência, o modelo oferece airbags de cortina, ar-condicionado automático, teto solar, bancos elétricos e outros equipamentos.

E que tal um esportivo de 180 cavalos? Por R$ 31.692, o consumidor pode levar para casa um Audi A3 1.8 Turbo Tiptronic 2005 com câmbio automático. De série, a máquina conta com controle de tração, faróis de neblina dianteiros e traseiros, suspensão reforçada, volante esportivo revestido em couro, ar-condicionado digital, ancoragem para cadeirinhas infantis, ABS de quinta geração e ajuste manual dos faróis.

Pesquisa

Comprar um carro seminovo foi o melhor negócio para o empresário Joaquim Moreira dos Santos. Depois de pesquisar bem, ele encontrou em uma loja de Curitiba um Peugeot 307 Sedan 2.0 ano 2010. Ele veio completo, com câmbio automático, ar-condicionado e bancos de couro. A quilometragem é de 45 mil km, mas o melhor foi preço, que ficou na faixa dos R$ 27.800.

“Carro não é um investimento, mas sim uma necessidade”, afirma o empresário. Antes dessa escolha, ele passou anos pagando o financiamento de um Siena que custou quase R$ 40 mil. Desde então, dos Santos decidiu só comprar carros seminovos ou ,usados. “Você sai da loja com um carro novo, dobra a esquina e ele já desvalorizou”, brinca. “Eu paguei R$ 39 mil em um carro que depois perdeu de 10% a 15% do valor”.

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