Mudança de rumos

Novo Linea tenta escapar da concorrência com os japoneses

Em 2008, a Fiat lançou o Linea no Brasil com uma meta audaciosa, e equivocada como se verificou com o tempo: brigar em pé de igualdade com os sedãs médios da época, especialmente Toyota Corolla e Honda Civic. Porém, o que mais aproximava o representante italiano dos japoneses era o preço (acima dos R$ 60 mil). De resto, os atrativos não eram suficientes para incomodar os líderes de venda, especialmente no quesito espaço interno.

Passados seis anos, o discurso mudou. A linha 2015 do Linea chega às lojas com o pensamento pé no chão da Fiat: atrair potenciais clientes de sedãs compactos premium (leia-se Ford New Fiesta e Honda City), que buscam mais conforto interno e recheio tecnológico. E se possível, roubar emplacamentos de modelos médios.

O custo-benefício é um dos trunfos do Linea. O preço inicial de R$ 55.850 na versão Essence manual o torna interessante pelo conjunto de equipamentos que oferece. Com o câmbio Dualogic Plus, o preço do Essence sobe para R$ 59.240. Já o topo de linha Absolute Dualogic custa R$ 66.540.

O motor continua o mesmo 1.8 16V e.TorQ, de 132 cv e 18,9 kgfm. O câmbio semiautomatizado de segunda geração deixou o sedã mais gostoso de dirigir, sem aqueles soluços irritantes a cada troca de marcha. Eles estão mais moderados e quase não se nota em velocidades mais altas.

A linha 2015 ganhou um visual mais requintado. Destaque para o friso cromado que delinea o para-choque dianteiro. Na traseira a barra cromada, agora mais grossa, subiu para a tampa do porta-malas, assim como a placa. Os rodas emulando uma turbina de avião impõem uma aparência mais bonita e sofisticada. Elas são aro 15” no Essence e 17”, no Absolute.

A cabine segue as linhas do Punto. Na versão Absolute há um acabamento bicromático (preto com seções em bege) e o Night Design, nome dado aos filetes de luz em LED no painel frontal e nas portas opcionais na Essence.

A Fiat espera aumentar as vendas do Linea em cerca de 30% o que daria quase 10 mil emplacamentos/ano, contra os 7,5 mil em 2013.

* O jornalista viajou a convite da Fiat.